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Entrevista João Navarro - Sintonizando Caminhos Musicais!

 

Bom dia!

Para comemorar o Dia Mundial da Música, hoje trago-vos em entrevista alguém que está ligado a esta arte desde a mais tenra idade.
O João Navarro. Conheci a sua música através de uma amiga em comum, e é impossível ficar indiferente à sonoridade e exclusividade no que faz!
Espero que apreciem  tanto como eu!

Podem espreitar o João pela sua Página, no Instagram, no Facebook, no seu canal do Youtube e no seu canal do Spotify.


- Para quem não conhece o João, quem é o João Navarro?

😊 Sou pai, casado, 5 filhos, 43 anos, trabalho na actividade seguradora desde os 18 anos e com uma paixão grande pela música, autodidacta, pelo piano e pela escrita de canções.


- Como é que a música surgiu na tua vida?

Havia um piano vertical em minha casa, da minha mãe, onde acabei por desde miúdo sentar-me muitas vezes, em que atirava os dedos para cima das teclas tentando explorar combinações que não soassem mal 😊.


- O teu caminho nesta arte acontece na década 90, pois na família já existia algo que vos ligava à música. O que era?

Falavam-me de um bisavô que tinha sido pianista, António Roman Navarro, e os meus avós da parte do meu pai e da minha mãe, também gostavam de tocar guitarra portuguesa e guitarra. Todos músicos de ouvido e autodidactas. A minha mãe também aprendia piano e tinha aulas de canto ... e cantava em coros, aqui e ali.




- Do teu gosto pelo blues e pelo jazz faz com que integres uma banda. Quem eram e o que faziam?

Rebel Blues Band, a banda onde o meu irmão já tocava baixo, Manuel Portugal Guitarra, Miguel Lima bateria e o Luís na voz. A dada altura o Manuel sabia que eu tovaca piano e desafiou-me. Era um banda de blues, eu tinha 14 anos, acabei por começar a ouvir blues em velhas cassetes que me emprestavam para tentar perceber e aprender melhor a linguagem. Acabamos por começar a fazer concertos ao vivo entre 1994 e 1997, ano em que arranco para Coimbra e onde passei a morar quando iniciei a minha actividade profissional numa seguradora.


- O teu gosto pela música vai mais além de apenas tocar e cantar, também compões, em que te inspiras para escrever as tuas letras?

Episódios da minha vida e das vidas das pessoas com quem me cruzo, as que mais me marcam ou impressionam, sendo os amores e desamores também uma grande fonte de inspiração 😊.


- Após o lançamento do teu primeiro álbum de originais, surge um projecto que trouxe uma grande visibilidade e muitos concertos por todo o Portugal, os Chauffeur Navarrus. Porquê deste nome?

O meu avô foi taxista por um período e contava histórias giríssimas que me deliciavam em miúdo. Por outro lado a minha avó Julieta tinha sido empregada em casas de franceses, e utilizava com alguma regularidade algumas palavras ... Chauffeur era uma das que me apaixonava e sempre disse que um dia ainda teria uma banda com esse nome. Acrescentei depois o Navarrus apenas por piada e por serem as minhas canções, ainda que nessa banda acabei por dividir a autoria de algumas canções com o António Neves da Silva que assumiu a direção musical dessa banda.


- Gostas de compor em inglês, ou em português?

Não falo inglês muito bem 🤣 e não consigo pôr no papel o que sinto, em Inglês. Poderia dizer-te que prefiro escrever em português mas a verdade é que também não domino o idioma, se não até podia fazer algumas canções em inglês.


- De todas as músicas que já criaste existe alguma que seja a tua preferida?

Há as canções que gosto de ouvir e as que gosto de tocar ... as vezes juntam-se ... mas as canções que mais gosto as vezes ainda são as que não gravei e que tenho aqui na gaveta. Nomeadamente “eu, tu, eles”; ou “faço-te a canção” ... das já editadas gosto do “piano cupido” e dá-me muito gozo tocar a “não quero voltar”.


- Em Março deste ano lançaste o EP Limited Edition, do que se trata e o que é este conceito?

É um edição limitada e numerada. Queria ter um registo em nome próprio, o que fiz pela primeira vez, procurando mostrar o que estou a fazer no momento actual e que, de alguma forma ainda que no meu estilo, é um pouco diferente do que já fiz até aqui. Estou menos preguiçoso e mais empenhado em escrever melhor, tento pelo menos, e a tocar de forma mais simples e menos confusa.



- O que te falta ainda fazer neste vasto mundo da música?

Tudo 😊 ... começaria por te dizer que me falta gravar um álbum a solo, só piano e voz, pisar alguns palcos especiais, fazer um peça de teatro 🎭 com a junção das minhas canções, gravar um música só com a minha mulher e com as filhas, gravar mais alguns com músicos especiais e que admiro entre muitas outras coisas.


- Algum sonho por concretizar?

Muitos... tocar em cruzeiros a solo, piano e voz, de a meus temas e mais algumas versões especiais que gosto por um temporada grande, por exemplo; pisar o coliseu de Lisboa para um concerto meu e em que o público goste do meu trabalho e o cante comigo, correr uma maratona .. podia falar-te de atirar-me de um avião de pára-quedas mas esse realizei no mês passado.



- Uma frase que te acompanhe e com que te identifiques.

“A vida é feita de fases... ou fazes ou não fazes“


Obrigado João pela disponibilidade, votos de muito sucesso!

Deixo-vos a sugestão musical do João, a música "Sensatez" do seu novo disco.



Beijos e abraços.
Sandra C

Comentários

  1. Olá, gostei muito da entrevista, é tão sonhadora! E é mesmo verdade é bom sonhar mas é fundamental fazer. Muitas felicidades cor de música. E Sandra obrigada pela partilha de momentos tão únicos tão cor de ti.

    ResponderEliminar
  2. Ahh e gostei muito da música, vou explorar mais

    ResponderEliminar
  3. Adorei a entrevista! Confesso que não conhecia o João, nem a sua música!... Ficarei atenta futuramente a novos trabalhos do mesmo... Gostei imenso!
    Beijinhos
    Ana

    ResponderEliminar

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