Avançar para o conteúdo principal

Mulher - De Vitor Nunes

 


Bom a todos!

No dia de hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher, como sempre digo este dia é muito mais que um só dia assinalado no calendário. 

As mulheres com toda a sua essência, força, sensibilidade merecem mais que ser celebradas uma vez ao ano!

Ainda assim, este ano resolvi marcar este dia com um poema não de uma mulher mas de um homem, do poeta Vitor Nunes.

Para completar da melhor forma este mimo, desafiei algumas mulheres a estarem presentes com a sua linda imagem e elas aceitaram, são essas mulheres que estão neste vídeo e a quem agradeço muito.

Feliz dia para todas!


Mulher - De Vitor Nunes

Dona de sentidos sextos
escreve em tortas linhas
as aspirações sonegadas
por simulados pretextos.

Há séculos luta destemida
o direito a ter direitos.
Sem dar-se por vencida
faz da igualdade pleitos.

No seu útero traz a vida
por Vénus benzida.
Carrega em sonhos quimeras
de realidades objetivas.

Tem em si a força natural
de ser uma e plural.
É o eixo onde gira o que
a necessidade sugira.

É esteira da vanguarda
e garante da retaguarda.
Tem colo de conforto,
albergue do discernimento.

No berço da sabedoria
cria o enigma feminino.
Poema de energia
de semblante divino.

Essência da sociedade,
mãe de toda a arte,
no dom da ubiquidade
É Mulher, é baluarte.

Beijos e abraços.
Sandra C.

Comentários

  1. Que seja um dia cheio de coisas boas, tão bonita a sua partilha
    Beijinhos
    Novo post
    Tem Post Novos Diariamente

    ResponderEliminar
  2. Tão bonitos, o poema e a tua voz, unidos só pode dar isto! Ficou brutal! O poema é "plural" em todos os sentidos. Feliz Dia da Mulher cor de força, de igualdade e de coragem.

    ResponderEliminar
  3. Só ontem tive oportunidade de assistir com áudio.
    Ficou muito bom!
    Parabéns pela iniciativa!

    Beijinhos
    Liliana
    Ideias Recicladas e... não só!

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Pode comentar... o Bluestrass não morde!

Mensagens populares deste blogue

Eduardo Viana - O supersticioso e obstinado

Eduardo Viana , pintor nascido em Lisboa no dia 28 de Novembro de 1881 na Rua do Loreto, nº 13 no quarto - andar, filho de José Afonso Viana e de D. Maria das Dores Fonseca Viana foi um dos nomes sonantes da pintura do século XX em conjunto com outros pintores como Amadeu de Sousa-Cardoso, Almada Negreiros, Robert Delaunay e Sónia Delaunay, Mily Possoz (de quem veio a estar noivo entre os anos 1919-1925) entre outros. Uma personalidade impar,”(...) Supersticioso, austero, exigente e obstinado (...)” era capaz de “(...) raspar qualquer trecho ou pormenor, aparentemente insignificante, de uma tela já coberta; repintá-lo uma, duas, número sem conto de vezes, até acertar na forma, mas, sobretudo, no tom, era, para Eduardo Viana, o pão nosso de cada dia. Que saibamos, um ano (...) levou o insatisfeito pintor a encontrar, após sucessivos ensaios, a cor de um simples lenço sobre que, numa natureza morta, repousavam uns frutos (...)” Matriculou-se no Curso Geral de Desenho da Sociedade de Bela...

É Preciso - Miguel Gameiro

Bom dia!! Hoje trago-vos a mais recente música de Miguel Gameiro. Acho piada olhar para ele e ao mesmo tempo olhar para mim e para muitos desta mesma geração, como mudamos com o passar dos tempos. Não que isso seja mau, bem pelo contrário... As músicas do Miguel sempre me tocaram muito, não só porque acompanho o trabalho dele quase desde o primeiro momento, mas também vejo muita das minha verdades nas letras e músicas dele. Somos da mesma freguesia, eu cresci na terra ao lado da dele, temos amigos em comum, no entanto só nos cruzamos uma única vez, num momento bem triste. Voltando a esta canção, mais uma vez acertaste na muche, esta é mais uma daquelas canções que daqui a muitos anos, os nossos filhos e netos vão querer saber a história dela! Parabéns!!                                               Foto by Facebook Miguel Gameiro  É preciso Parar ne...

Restolho - Mafalda Veiga

Bom dia! Adoro quando sou surpreendida por musicas recentes que me tocam, mas também quando ouço algo que em tempos acompanhou a minha vida. É o que acontece com esta música. Sempre gostei muito de ouvir Mafalda Veiga, principalmente na adolescência, as suas músicas sempre me concederam momentos de pausa e de reflexão.  Esta música faz-me lembrar momentos de verões eternos, quando a seguir ao almoço o calor era tanto que se ouviam as cigarras.  Do doce das uvas, das amoras e dos figos pelos caminhos duros.  Do rio calmo e fresco, dos peixes que teimavam em fazer as suas danças e quase que nos vinham beijar a pele.  Dos fins de dia quase noite quando caminhavamos cheios de uma felicidade que enchia o coração. É bom recordar... "Geme o restolho, triste e solitário A embalar a noite escura e fria E a perder-se no olhar da ventania Que canta ao tom do velho campanário Geme o restolho, preso de saudade Esquecido, enlouquecido, dominado Escondido entre as sombras do ...