Bom dia a todos!
No mês de Abril, estivemos pela zona de Tavira, num lugar maravilhoso de nome Quinta do Mestre...
Temos acompanhado quase passo a passo a sua transformação. Um trabalho notável da família Mestre.
Agora conto-vos um pouco mais sobre a nossa experiência...
Sempre que saímos da nossa casa para passar um fim-de-semana em algum lugar, vamos de coração aberto e com muitas expectativas do que nos espera.
Com a Quinta do Mestre aconteceu isso, mas a uma escala diferente....
Com a Quinta do Mestre aconteceu isso, mas a uma escala diferente....
Talvez por fazer tanto tempo que estamos em confinamento, talvez também por vir a acompanhar a transformação deste local, sabíamos que a nossa experiência ia deixar-nos de coração cheio!
A Quinta do Mestre é um Monte típico Algarvio do do Séc XIX que foi recuperado pela família Mestre respeitando a traça antiga de outrora.
Ficamos instalados na "Casa do Mar", a primeira casa desta quinta que foi erguida em 1888. Neste momento encontra-se decorada de uma maneira muito particular entre o vintage country e o moderno. Em tons de branco e azul, com apontamentos a lembrar-nos que o mar está por perto. Nós ajudamos um bocadinho à decoração, pois trouxéssemos da praia do Barril várias conchas que deixamos, como marca da nossa passagem.
Após obras de restruturação, esta casa transformou-se num local delicioso composto pela sala de estar, quarto, cozinha com acesso ao terraço e a casa de banho.
Nos dias que lá estivemos demos um bom uso ao grelhador e cozinhamos sempre.
Almoçamos no terraço e foi muito agradável.
Para além da Casa do Mar, existe a Casa de Campo e a Casa Álvaro de Campos, ainda a sofrerem algumas obras para brevemente receberem visitantes...
A Casa do Campo construída em meados dos anos 50, foi abrigo dos animais desta quinta. Primeiro das éguas e burros, animais de muita importância para a lavoura. Mais tarde, esta casa passou a ser uma vacaria e já nos anos 90 passou a ser o abrigo de ovelhas e cabras.
O chão que agora foi modernizado, anteriormente era feito de calçada e o telhado eram canas e telhas típicas de terracota de Santa Catarina.
A casa Álvaro de Campos era o antigo chiqueiro e posteriormente um enorme galinheiro com uma parte exterior que se estendia até ao actual pátio.
No interior desta casa existia uma Manjedoura, que se encontra agora no jardim da entrada.
Com o varandim virado a poente, este local é excelente para no fim do dia se apreciar o por do sol mesmo sem ser no verão. .
Existem pontos chaves que não vão querer perder:
- A biblioteca que contem vários livros, de vários géneros literários, alguns verdadeiras preciosidades;
- A mesa de matraquilhos que também está no espaço da biblioteca:
- Ao lado do forno a lenha, existe um banco de pedra para nos sentarmos a ler um livro ou simplesmente a descansar;~
- Vários bancos à sombra, mesmo ao fresco para combater aqueles dias de maior calor,
Também fizemos vários passeios pela quinta, por entre amendoeiras e alfarrobeiras. Foi a primeira vez que vimos de perto estas árvores, são lindas... O passeio maior, fizemo-lo a dois, pois os miúdos ainda estavam a dormir. Percorremos a extensão total da quinta.
Apreciamos as aves que por lá andavam (rrolas e perdizes também) e outros bichos próprios daquele habitat.
Observamos com atenção a terra que tinha sido lavrada nos dias anteriores e quase conseguiamos ouvir os antepassados na sua labuta, a caminhar por entre as terras.
Esta quinta guarda muitas memórias.... Em cada canto, cada parede respira história e histórias.
Sabem a sensação confortante de quando estamos num lugar onde nos sentimos acompanhados por algo que não vemos? Foi essa a sensação que tive...
O final de cada dia era uma verdadeira dádiva. Subindo a Açoteia, podemos observar o pôr-do-sol e também o mar ... e que palavras utilizar para esses momentos? Tal como uma caricia,... sentíamos os últimos raios de sol na pele. Mesmo por entre nuvens de algodão cinza, o sol maravilhava-nos com imagens deslumbrantes.
Com o cair da noite a magia acontecia... de um lado da quinta perto do lago ouvia-se as rãs machos coaxando em competição, mostrando que estavam disponíveis para as suas fêmeas.
Do outro lado, no nosso terraço o coro era outro, o do silêncio e do breu.
Algumas vezes vim cá fora só para apreciar a escuridão silenciosa...
E assim foi a nossa experiência na Quinta do Mestre... este é um local que ficou guardado num cantinho especial do nosso coração. E a promessa de voltar ficou bem presente, para um futuro próximo.
Miguel e Sandra, toda a sorte do mundo com este vosso projecto maravilhoso!
Que levem a história da vossa família longe!
*As fotos são de minha autoria e também da própria Quinta do Mestre.
Um bom fim-de-semana a todos!
Beijos e abraços.
Sandra C.
Acredito que seja uma Quinta onde o descanso e a Paz sejam ex-libres de vivência.
ResponderEliminarGostei de ouvir e ver o video
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Sábado feliz … abraço
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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