Avançar para o conteúdo principal

À Conversa com... Parte I




Esta é  uma nova rubrica do Bluestrass. Vai de encontro ao que já antes acontecia com as entrevistas. Nesta caso, elas deixam de ser escritas e passam para o ecrã.
É um misto de directo, com entrevista mas num tom de conversa de amigos!

Agora falando sobre o meu convidado. James Cuggy é um velho amigo com quem já partilhei as tábuas do palco.
E também um bocadinho responsável pelo meu gosto por Londres. Em 2000 ele foi o meu guia pela cidade e levou-me a lugares que fizeram o meu coração ser arrebatado por esta cidade.
Logo, que melhor pessoa poderia querer eu para falar de Londres?

Para o conhecerem um pouco melhor o  "dear James" (como os amigos lhe chamam), deixo-vos este texto...

"James Cuggy é mais um produto (não oficial) da Aliança Luso-Britânica, o mais velho pacto politico em vigor neste mundo, assinado por D. Fernando I e Edward III em 1373.

Alfacinha de gema, ele é filho de pai inglês (coincidentemente nascido numa rua chamada 'Portugal Place', perto de Newcastle) e mãe escalabitana (de ascendência traçada à Roma Antiga), que se conheceram na bela e vetusta vila de Constância, Ribatejo, alguns séculos depois de Camões por lá ter habitado.

Tendo nascido e crescido em Portugal, e com extensa família nas Ilhas Britânicas, James passou toda a sua infância a visitá-las regularmente, com preponderante incidência por Londres, tendo, no entanto, celebrado o seu 1º aniversário em Hove, perto de Brighton, no sul de Inglaterra.

Para ele, a urbe que os romanos fundaram no ano 43 DC junto ao Rio Tamisa e apelidaram de Londinium (expandindo-a ao longo de quase 4 séculos), releva um fascínio intenso e sempiterno, tendo evoluído imparável ao longo do tempo numa mescla ímpar de cultura, história, tragédia, guerra,  arquitectura monumental, desenvolvimento industrial, comercial e financeiro, única por ter sido o centro do maior império que o planeta conheceu e tendo assim sido o foco centralizador de miríades culturas, ideias e povos.

Os ingleses sempre foram excelentes a recordar o (e também viver no) seu passado (para eles) glorioso (provavelmente dai o Brexit!) – sendo um pais onde as tradições são extremamente fortes e enraizadas na maior parte da sua vida quotidiana, desde a Monarquia até ao chá das 5 (com lugar para adaptações modernas, já que este agora terá sido mais comummente substituído por um café expresso cada duas horas adquirido numa cadeia multi-nacional)!

A Londres moderna é um supra-sumo exemplo disto, uma mistura harmoniosa da tecnologia, arquitectura e economia contemporâneas com a celebração da sua tradição e glórias d’outrora (reais ou fictícias), um íman que atrai turistas de todas as partes do mundo para grande gáudio do seu erário público.

James conhecerá a maior parte das atracções culturais mui melhor que a palma de qualquer de suas mãos e esperamos que esta curta conversa informal vos inspire e ajude numa vossa visita!"

A segunda parte deste vídeo será publicado para a próxima semana.

Beijos e abraços
Sandra C.


Comentários

  1. Agora está complicado viajar...
    .
    Bom fim de semana

    ResponderEliminar
  2. Uma viagem-conversa extraordinária. Obrigada pela partilha! Já fui a Londres, e esta conversa leva-me de volta mas de uma forma mais profunda. Bjs aos dois

    ResponderEliminar
  3. Uma rúbrica muito bem pensada. Gostei imenso de ouvir essa conversa entre os dois.
    : )

    ResponderEliminar
  4. Fico à espera da próxima parte! Bom fim de semana!

    Isabel Sá  
    Brilhos da Moda

    ResponderEliminar
  5. Que interessante, gostei da entrevista.

    Beijinhos e bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  6. Adoro esta tua rubrica... que já nos permite viajar um pouco... assim mesmo!... Londres é uma cidade, super interessantes, repleta de opções de interesse que adorava conhecer um dia! Virei no fim de semana, com tempo, assistir aos videos...
    Beijinhos!
    Ana

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Pode comentar... o Bluestrass não morde!

Mensagens populares deste blogue

Eduardo Viana - O supersticioso e obstinado

Eduardo Viana , pintor nascido em Lisboa no dia 28 de Novembro de 1881 na Rua do Loreto, nº 13 no quarto - andar, filho de José Afonso Viana e de D. Maria das Dores Fonseca Viana foi um dos nomes sonantes da pintura do século XX em conjunto com outros pintores como Amadeu de Sousa-Cardoso, Almada Negreiros, Robert Delaunay e Sónia Delaunay, Mily Possoz (de quem veio a estar noivo entre os anos 1919-1925) entre outros. Uma personalidade impar,”(...) Supersticioso, austero, exigente e obstinado (...)” era capaz de “(...) raspar qualquer trecho ou pormenor, aparentemente insignificante, de uma tela já coberta; repintá-lo uma, duas, número sem conto de vezes, até acertar na forma, mas, sobretudo, no tom, era, para Eduardo Viana, o pão nosso de cada dia. Que saibamos, um ano (...) levou o insatisfeito pintor a encontrar, após sucessivos ensaios, a cor de um simples lenço sobre que, numa natureza morta, repousavam uns frutos (...)” Matriculou-se no Curso Geral de Desenho da Sociedade de Bela...

Música que tem bom feeling - Maria

Adoro quando descubro músicas que me tocam. Sejam elas mais sérias, ou mais "cool" como esta, estas duas vozes juntas é qualquer coisa! Letra e música de Bezegol Por gostar de ti Maria Não olhei ao sofrimento E não quis lembrar o dia Que falhaste ao juramento Por ti enfrentei o mundo Enrolado no teu dedo Condenado a amor profundo Encobrindo o teu segredo Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Para onde foste eu não vi Nem sei quando deixei Queria-te ter aqui Mas sei que não consigo Fazer voltar atrás Fazer do tempo amigo Vou seguindo minha estrela Firme vou no meu caminho A bagagem vai pesada Mas eu carrego sozinho Foi dica a tua experiência Mas não quero olhar para trás Agarro-me às partes boas E sigo a iludir as más Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Para onde foste eu não vi Nem sei quando deixei Queria-te ter aqui Mas sei que não consigo Fazer voltar atrás Fazer do tempo amigo Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Pa...

Restolho - Mafalda Veiga

Bom dia! Adoro quando sou surpreendida por musicas recentes que me tocam, mas também quando ouço algo que em tempos acompanhou a minha vida. É o que acontece com esta música. Sempre gostei muito de ouvir Mafalda Veiga, principalmente na adolescência, as suas músicas sempre me concederam momentos de pausa e de reflexão.  Esta música faz-me lembrar momentos de verões eternos, quando a seguir ao almoço o calor era tanto que se ouviam as cigarras.  Do doce das uvas, das amoras e dos figos pelos caminhos duros.  Do rio calmo e fresco, dos peixes que teimavam em fazer as suas danças e quase que nos vinham beijar a pele.  Dos fins de dia quase noite quando caminhavamos cheios de uma felicidade que enchia o coração. É bom recordar... "Geme o restolho, triste e solitário A embalar a noite escura e fria E a perder-se no olhar da ventania Que canta ao tom do velho campanário Geme o restolho, preso de saudade Esquecido, enlouquecido, dominado Escondido entre as sombras do ...