Avançar para o conteúdo principal

Na Hora da Poesia - Pedra Filosofal - António Gedeão


 Bom dia!

No dia de hoje comemora-se o Dia Mundial do Sonho!

Nada melhor para comemorar este dia do que uma poesia que fala sobre os sonhos!

Pedra Filosofal, de António Gedeão, imortalizada em canção por Manuel Freire, um hino aos sonhos.

Hoje deixo-vos a minha versão deste poema na Hora da Poesia no Canal de Podcast do Bluestrass no Castbox.

Espero que venham ouvir e que partilhem.

Deixo-vos também o poema escrito, é sempre bom relembrar um grande poema! 


Pedra filosofal - António Gedeão


Eles não sabem que o sonho

É uma constante da vida

Tão concreta e definida

Como outra coisa qualquer


Como esta pedra cinzenta

Em que me sento e descanso

Como este ribeiro manso

Em serenos sobressaltos


Como estes pinheiros altos

Que em verde ouro se agitam

Como estas árvores que gritam

Em bebedeiras de azul


Eles não sabem que sonho

É vinho, é espuma, é fermento

Bichinho alacre e sedento

De focinho pontiagudo

No perpétuo movimento


Eles não sabem que o sonho

É tela, é cor, é pincel

Base, fuste ou capitel

Arco em ogiva, vitral


Pináculo de catedral

Contraponto, sinfonia

Máscara grega, magia

Que é retorta de alquimista


Mapa do mundo distante

Rosa dos Ventos, infante

Caravela quinhentista

Que é cabo da Boa-Esperança


Ouro, canela, marfim

Florete de espadachim

Bastidor, passo de dança

Colombina e Arlequim


Passarola voadora

Para-raios, locomotiva

Barco de proa festiva

Auto forno, geradora


Cisão do átomo, radar

Ultrassom, televisão

Desembarque em foguetão

Na superfície lunar


Eles não sabem, nem sonham

Que o sonho comanda a vida

E que sempre que um homem sonha

O mundo pula e avança

Como bola colorida

Entre as mãos de uma criança


Beijos e abraços.
Sandra C.


Comentários

  1. Bom dia Sandra!

    Maravilhoso este poema do António Gedeão. Adorei!

    Beijinhos!

    ResponderEliminar
  2. É um dos meus poemas favoritos de sempre!
    Beijinhos
    Blog: Life of Cherry

    ResponderEliminar
  3. é um dos poemas que o meu marido mais gosta assim como a musica pois ela passa muitas vezes na nossa Radio bjs

    ResponderEliminar
  4. Uma publicação fascinante! Amei :))
    -
    Cores matizadas, alegres ciprestes
    -
    Beijos, e um excelente fim de semana :)

    ResponderEliminar
  5. Ouvi várias vezes Manuel Freire ao vivo. Adoro
    Bom fim-de-semana

    ResponderEliminar
  6. Um dos poemas que mais gosto. E que bem é cantado por Manuel Freire. Divinal
    .
    Feliz fim-de-semana
    Abraço

    ResponderEliminar
  7. Olá Sandra! Que poema maravilhoso, tão bonito! O sonho comanda a vida e é tão bom sonhar. Que nunca o medo nos impeça de sonhar e ir mais além!
    Um beijinho, Ana Rita*

    ResponderEliminar
  8. Adoro este poema! Já o deixei em tempos por lá no meu canto, numa versão musical, cantada pelo Manuel Freire.
    Beijinhos
    Ana

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Pode comentar... o Bluestrass não morde!

Mensagens populares deste blogue

A origem das coisas...

Todos os dias fazemos pequenos gestos e usamos alguns produtos que se tornam num ritual diário. Por exemplo, com certeza que usa sabonete, ou mesmo gel de banho todos os dias.  Já alguma vez se perguntou porque o fazemos, ou qual é o sua origem? O sabonete é um produto muito antigo, os primeiros vestígios deste produto, foram encontradas na era de 2800 A.C., durante as escavações da antiga Babilónia. Na era de 1500 A.C. os antigos egípcios usavam uma mistura de óleos animal e vegetal com sais alcalinos para criar um material semelhante ao sabão, este era usado para tratar de doenças. Na era de 600 A.C. os fenícios confeccionavam uma mistura de terra argilosa com cinzas de madeira ou calcário para limpar o corpo. Este produto correu as rotas do comércio, até chegar à Europa, no entanto esta técnica não foi utilizada pelos Romanos, durante cerca de 600 anos.A partir do I século D.C. o fabrico do sabão foi evoluindo consideravelmente, desde o cozimento do sebo de carneiro com cinzas de

Panquecas de maçã

Fotografias da minha autoria... Cá por casa, todos se pelam por ter um pequeno almoço com panquecas. No passado sábado "inventei" umas que ficaram uma delícia. Simplesmente voaram. Tive como inspiração base uma receita que vi no blog "A Pitada do Pai", que tanto gosto de seguir. Então a receita foi esta: - 2 ovos - 1 maçã pequena Granny Smith ou metade de uma grande - 1 colher sopa açúcar amarelo ou de coco - 2 colheres sopa amido milho (vulgo Maizena) - 1 colher sopa de Maizena - 1 colher sopa de farinha de coco Preparação: Descasque a maçã, corte em pedaços, junte todos os outros ingredientes no liquidificador. Se achar que a massa está muito densa, acrescente aos poucos leite vegetal ou leite de vaca ou mesmo sumo de laranja. Aqueça uma frigideira antiaderente com um pouco de óleo de coco ou manteiga. Faça mini panquecas, vai render cerca de 12 a 14 doses. Quando começar a fazer, é ver todos a virem a correr, espreitar o que se passa,

Música que tem bom feeling - Maria

Adoro quando descubro músicas que me tocam. Sejam elas mais sérias, ou mais "cool" como esta, estas duas vozes juntas é qualquer coisa! Letra e música de Bezegol Por gostar de ti Maria Não olhei ao sofrimento E não quis lembrar o dia Que falhaste ao juramento Por ti enfrentei o mundo Enrolado no teu dedo Condenado a amor profundo Encobrindo o teu segredo Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Para onde foste eu não vi Nem sei quando deixei Queria-te ter aqui Mas sei que não consigo Fazer voltar atrás Fazer do tempo amigo Vou seguindo minha estrela Firme vou no meu caminho A bagagem vai pesada Mas eu carrego sozinho Foi dica a tua experiência Mas não quero olhar para trás Agarro-me às partes boas E sigo a iludir as más Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Para onde foste eu não vi Nem sei quando deixei Queria-te ter aqui Mas sei que não consigo Fazer voltar atrás Fazer do tempo amigo Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Pa