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Entrevista - Nanda Zompero - Iluminadamente Mulher e Mãe!

 


Bom dia a todos!

Hoje trago-vos a primeira entrevista de 2024 e do mês de Março. Quem me acompanha por aqui, já sabe que no mês de Março tenho o costume de trazer várias convidadas, porque neste mês se celebra o Dia da Mulher, trago então mulheres que admiro e que tem algo para contar, algo para dar ao mundo.

Então hoje a minha convidada é a Nanda Zompero. Ela é mulher, mãe, também profissional. Já não sei há quanto tempo "conheço" (em aspas porque apenas nos conhecemos online, mas um dia destes ainda nos vamos conhecer pessoalmente), mas tenho uma ideia que antes das gémeas nascerem.

Desde que a comecei a acompanhar que admiro a forma como partilha as suas aventuras, a maneira como demonstra quando algo a incomoda, a maneira como ela aborda esta aventura de serem pais de gémeas.

Para quem quiser seguir a Nanda pode encontrar o Instagram.


- Para quem ainda não te conhece, quem é a Nanda Zompero?

Ui, que pergunta difícil! Eu diria que a Nanda hoje, é uma menina mulher, de 35 anos, mãe das gémeas mais lindas do mundo de 1 ano e 5 meses, formada em design gráfico, bailarina e professora de dança oriental aposentada, produtora do evento de dança Stage Evolution, esposa, filha, amiga, apaixonada por livros, música, teatro, que ama a vida, ama os animais, ama cozinhar e viajar pelo mundo, é vegetariana, sagitariana, entre muitas outras coisas, uma pessoa que não se rotula e não tem a menor pretensão de morrer sendo do mesmo jeito ou fazendo a mesma coisa.

- Desde quando estás a viver em Portugal?

Desde 2018, já vivo cá há mais de 5 anos.

- Porque decidiste .Portugal para viver?

Na verdade Portugal foi um “acontecido” na minha vida. Nunca tive a pretensão de morar fora do meu país, eu sempre quis viajar e conhecer o mundo, mas não para viver. Este era o sonho do meu marido. Ele sempre quis morar fora, e na altura que aconteceu a nossa mudança, a situação política no nosso país estava muito complicada e a falta de segurança ainda mais. 

Ele não conseguia imaginar como seria ter filhos e uma condição financeira saudável do jeito que as coisas estavam. Nessa altura, eu tinha acabado de perder 4 entes queridos, entre eles meus pais, que eram o principal motivo de eu não querer morar fora, sendo assim, ele decidiu tentar arranjar um emprego fora. 

Como ele queria muito falar, praticar e aprender mais o inglês, a ideia era ir para algum país em que essa fosse a língua nativa, ele passou por vários processos seletivos, quase fomos para Polónia, Malta entre outros países, e Portugal era a “última” opção, justamente porque cá fala-se Português, porém, ele recebeu uma proposta, onde trabalharia cá e a cada 15 dias iria para Londres, então a ideia dele era usar Portugal de ponte, para inicialmente ficar neste projeto e depois mudar. 

Porém, aconteceu que nós dois nos apaixonamos por Portugal. No fim, ele tinha poucas expectativas em relação ao país e muitas em relação ao trabalho, e as coisas se inverteram, pois ele acabou por se apaixonar pelo país e o trabalho, nem por isso. Foi então, que decidimos ficar.

- Que diferenças e dificuldades sentiste quando cá chegaste?

Inúmeras. Primeiro, que apesar de falarmos Português, existe imensa diferença do Português Brasileiro, para o Português Europeu. Por norma, quando chegamos cá, não percebemos absolutamente nada, da mesma forma que temos amigos Portugueses que dizem que também não nos percebem. Então a língua por si só, já é uma primeira dificuldade. 

Segundo, que infelizmente (e cá estou generalizando), mas ainda existe muita xenofobia (e isso não se aplica só a Portugal), mas falando da nossa experiência, mesmo sendo tranquilos e não tendo assim, grandes episódios como outras pessoas que conhecemos, também sentimos isso na pele, inclusive no ambiente de trabalho, tanto o Fabio quanto eu, passamos por isso. 

Ainda falando sobre as dificuldades, por ser imigrante, tudo para nós do lado de cá é mais difícil, seja para conseguir um arrendamento (alguns senhorios perguntam se somos brasileiros e ao confirmamos, se negam a alugar o imóvel), seja para conseguir um empréstimo (meu cão adoeceu e faleceu cá, e como estávamos aqui a menos de 1 ano nenhum banco nos emprestou dinheiro), etc. 

Sobre as diferenças, elas são inúmeras, a segurança que existe aqui para andar na rua, ou usar o telemóvel em ambiente público ou mesmo no carro, para nós que éramos de São Paulo é assustadora. 
A sensação de segurança que existe no vosso país, é um presente para nós. 

A honestidade do Português na hora de falar as coisas, também é uma coisa que nos espanta, como dizemos no Brasil, “vocês não dão meia volta” ou seja, não enrolam, emitem logo a opinião de forma clara e ponto. A confiança que tem nas pessoas, também é algo que para nós é assustador, do género, se esqueces a carteira na hora de pagar por algo, logo dizem, vá buscar e pague depois, ou se é um sitio que não aceita cartão, vá ao multibanco ali na esquina e volte depois, no meu país não é assim, as vezes deixamos documentos, telemóveis ou alguma coisa de valor para garantir que vamos mesmo voltar (o que é triste, mas no fim, é o que é).


- Quem acompanha a tua página, reconhece-te como uma mãe guerreira, mas antes de seres mãe, tinhas uma profissão que te dava muito prazer e pela qual eras muito reconhecida. Qual?

Como mencionei na primeira pergunta, eu era bailarina e professora de Dança Oriental, também conhecida como Dança do Ventre. Eu comecei a dançar ballet aos 4 anos de idade e dança do ventre aos 7 anos, e aos 15 eu comecei a dar aulas, e essa foi minha paixão e minha profissão até meus 34 anos, dei aulas e dancei ativamente até 2 semanas antes das gêmeas nascerem. 

Tive minha própria escola de danças no Brasil, recomecei minha carreira do zero cá em Portugal, e com muito trabalho e dedicação, sou hoje, reconhecida como uma profissional nacional daqui. 
Algo pelo qual eu me orgulho muito.



- Como aconteceu a dança na tua vida?

Minha mãe me colocou no ballet e no jazz quando eu tinha 4 aninhos. Eu não consigo lembrar da minha vida sem a dança, pois era algo que eu amava e fazia sempre. 
Sabia inúmeras coreografias de axé, passava a tarde toda a dançar na sala de casa junto com minha melhor amiga, e nas festas de família, era dança do começo ao fim. 

A Dança do Ventre surgiu numa altura em que a minha mãe queria fazer aulas de dança flamenca e eu de dança do ventre, pois tinha visto esta dança em um programa de televisão e ficado enlouquecida por ela. 
Por fim, arrastei a minha mãe junto e começamos a fazer aulas. Foi amor a primeira vista, eu comecei e nunca mais parei. As minhas professoras sempre diziam que eu tinha imenso jeito, e foi desta forma que aos 14 anos eu comecei a dar ensaios para algumas turmas da minha professora na altura, e aos 15 eu ganhei minha primeira turminha e nunca mais parei. 
Fui me aperfeiçoando não só como bailarina mas também como professora, a dança fez parte da minha vida durante toda a minha jornada, enquanto trabalhava com outras coisas, fazia faculdade, após me formar, ela sempre esteve lá.

- Se a Sophie e a Zoe quiserem enveredar por este caminho, ou por outro relacionado com a arte, qual será a vossa reação?

Tanto eu quanto o Fabio temos um total de zero expectativas sobre as nossas filhas. 
O nosso maior desejo é que elas tenham liberdade para serem e fazerem o que quiserem e sejam acima de tudo muito felizes. Nossa opinião é que vamos incentiva-las independente do que escolham fazer, que vamos sempre ser os primeiros a apoia-las e também a entender que caso experimentem algo e não queiram dar continuidade naquilo, está tudo bem. Vamos orientá-las para a vida e para terem saúde financeira, justamente para que possam ter liberdade para fazer o que apetecer, sem pressão alguma de nossa parte.

- Com duas princesas o teu dia é muito corrido e sem tempo quase para "respirar", ainda assim sentes falta de dançar?

Acredita que hoje é difícil responder isso? Se fosse antes eu com certeza diria que sim, pois eu nunca fiquei tanto tempo sem dançar. Porém, a maternidade, e tudo que aconteceu pós ela, mais esse afastamento, me trouxeram pra um lugar novo, que eu ainda estou a tentar perceber (cenas do puerpério que eu não fazia ideia que existia, mas hoje eu sinto na pele). 

Mas basicamente eu não me vejo e não sou mais a Nanda de antes. Eu não estou numa fase boa com a minha auto imagem, e ainda não consegui me reencontrar depois de ser mãe. 
Diferente do que acontece com outras mulheres, eu não tenho pressa. Para mim está tudo bem, não ser a mesma, e talvez nunca mais voltar a ser. 
Eu vivo o hoje, respeitando as fases e desafios que a vida me dá, e penso que eu sempre vou poder me reinventar. E a verdade é que sempre que me apetece ou o corpo pede, eu dou um cadinho de dança pra ele.

- Consegues expressar o que sentes ou sentias quando dançavas?

Dançar era o meu lugar no mundo. Era o que eu mais amava fazer. 
Era o que fazia eu me sentir bonita e poderosa. Era a minha ferramenta de salvação e de salvar outras mulheres. Era o que tornava meu dia melhor e o que me fazia sorrir nos dias sombrios. 
A dança era tudo para mim, inclusive foi por isso que eu deixei a minha carreira de formação e me dediquei exclusivamente a ela por quase 20 anos. Além do mais, ela sempre foi minha grande aliada no controlo da ansiedade, que é uma das razões que fazem a minha síndrome do pânico se manifestar, ou seja, além de todo bem que a dança sempre me fez, ela ainda me ajudava a controlar um problema psicológico que me acompanha desde os 7 anos de idade.



- Falando do teu papel de mãe, quando soubeste que ias ter gémeos qual foi a tua reação?

Eu fiquei literalmente sem reação. Nunca imaginei isso na minha vida e pior, a vida inteira disse “deus me livre ter gémeos, ainda mais idênticos!”, cuspi pra cima e caiu no meio da minha testa com força 😁😁😁. Mas essa história vale ser contada, pois eu descobri que estava grávida através de teste de farmácia, após isso marquei uma médica qualquer, pois até então não tinha achado ainda um ginecologista que gostasse por cá, enfim, a minha primeira consulta foi super frustrante, pois a médica foi grosseira, e ainda me disse que meu útero era ruim de ver, além de dizer que “grávida eu estava mas não sabia se havia embrião”, e depois desse balde de água fria na cabeça, ela me mandou esperar uma semana e ir fazer o exame no laboratório pois o equipamento era melhor e eu teria um pouco mais de tempo de gestação. 

Então, após uma semana de muito medo e insegurança, fui fazer o tal exame e desta vez o meu marido foi comigo, fomos preparados pra receber uma notícia ruim, lembro como se fosse hoje da cena, pois a doutora começou o exame, ainda estávamos de máscaras por causa do covid, e logo no início do exame já vimos um bebezinho perfeito e escutamos o coração, fiquei super emocionada e incrédula, eis que ela diz assim, ahh só tem uma questão, são dois! Nesse momento, vi os olhos do meu marido arregalarem na hora, e eu parei de sentir meu corpo da cintura pra baixo. Ela nos mostrou o segundo bebe, e também ouvimos o seu coração. Foi muito emocionante! Saímos do exame extasiados e desacreditados. 
Apesar de nunca termos imaginado isso em nossas vidas, ficamos imensamente felizes, e penso que assustados e preocupados na mesma proporção.


- A gravidez de forma normal ou com percalços?

Cheia de percalços, mas não por causa da gravidez em si (inclusive partilhei muito sobre no meu Instagram e tenho parte dessas coisas salvas nos meus destaques). Minha gravidez foi uma gravidez natural, que aconteceu após 1 ano como tentante. 
Não precisei fazer nenhum tratamento e me cuidei muito nesta época, com terapia, exercício físico e acompanhamento nutricional, eu sempre quis ser uma grávida saudável e assim o fiz. 
Porém, por ter uma gravidez gemelar, onde as duas bebés estavam na mesma placenta, cada uma no seu saco gestacional, fui considerada uma grávida de risco desde o inicio, o que significa que eu fazia o dobro de exames e visitas médicas do que o uma mamã de um só bebé costuma fazer. 

Fora isso, eu demorei pra conseguir um bom médico, quando consegui uma doutora especialista em gémeos pelo sistema privado, ela me recomendou ir para o sistema público pois nenhum seguro cobriria um internamento por mais de 3 dias caso fosse necessário, e aí vieram mais perrengues, com consultas com mais de 3 ou 4 horas de espera, médicos mau dispostos que tratavam mal e atendiam em 5 min entre outras coisas. Da minha parte, nunca me senti uma grávida de risco, eu dei aulas até 2 semanas antes das meninas nasceram, levei a vida normal, nunca tive nenhuma emergência ou sangramento. Fazia muito xixi, não conseguia dormir por causa disso, tinha muita dor nas costelas, e se vomitei 2 vezes na gestação inteira foi muito, por isso, sempre me considerei muito abençoada.


- Quando as princesas nasceram, quais eram os teus (e os do Fábio) principais medos?

Acho que os medos clássicos de todos os pais, de não dar conta, de faltar algo para as crianças, de não saber o que fazer numa urgência, coisas desse gênero. Porém, nos preparamos antes, tivemos acompanhamento de uma doula, eu li e me informei muito, e penso que isso nos ajudou bastante.


- Para além das vossas dúvidas , algo inesperado aconteceu que veio mudar as vossas vidas, o que foi?

Nossas bebés nasceram super saudáveis, eu e elas ficamos apenas 2 dias no hospital e recebemos alta. Elas se desenvolveram lindamente e mamaram exclusivamente no peito até os 10 meses. Estudei muito sobre alimentação, comecei a introdução alimentar das duas com o método BLW quando fizeram 7 meses, e as duas sempre tiveram uma saúde de ferro. 
Nunca fomos parar nas urgências com elas, ficaram constipadas uma única vez após viajarmos com elas pra Suíça com elas tendo apenas 8 meses e nos orgulhávamos muito do quão saudáveis as duas sempre foram.
Eis que quando elas completaram 10 meses, tivemos uma desagradável surpresa, após uma noite muito difícil com a baby Zoe, onde ela chorou muito e não conseguiu dormir, levamos ela às urgências a pensar que eram os dentes ou talvez alguma dor que não estávamos a conseguir identificar, demos a sorte da doutora que nos atendeu pedir exames, e descobrimos que a nossa pequena tinha diabetes tipo 1. Esse tipo de diabetes manifesta-se em qualquer pessoa, de qualquer idade, não tem haver com hábitos, é uma doença auto imune, pro resto da vida, onde a pessoa ou deixa de produzir a insulina que é um hormônio vital, ou não produz o suficiente. Neste dia, a Zoe foi internada, vivemos um verdadeiro inferno na terra por longos 7 dias, e daí pra frente, a nossa vida mudou pra sempre.

- Como se aperceberam de que algo estranho se passava com a Zoe?

Ela passou um dia e uma madrugada toda muito irritada, e chorou e agiu diferente do que estávamos habituados. Ela teve uma febre que até hoje não sabemos qual foi o motivo, mas que agradecemos por ter tido, pois foi a principal razão que nos fez tê-la levado as urgências antes que seu quadro piorasse muito (coisa que aconteceria em questão de nos máximo 2 dias a mais). 
Ela também tinha muito xixi e muita sede, sinais que eu só fui me dar conta depois de tudo que aconteceu, em princípio a sede eu achei que era por causa da febre e o xixi apenas uma consequência, e só depois tomei consciência de já era por causa da sua doença.


- Acredito que com estes acontecimentos o vosso dia a dia mudou consideravelmente. O que mudou?

Tudo mudou. As meninas mamavam em livre demanda e a introdução alimentar delas foi muito leve e tranquila, pois foi o que eu escolhi fazer por elas através do método BLW. 
Quando a Zoe foi diagnosticada, nós tivemos que aprender sobre todo um universo que era totalmente novo pra nós, ela passou a usar uma bomba de insulina, e além de aprender tudo sobre a bomba, cateter, insulina, contagens de hidrato de carbono, também aprendemos o como administrar a doença com as canetas (injeções) que é o método pra quem não é portador de uma bomba de insulina, além de aprender sobre como trocar agulhas de picadores, medir glicemia, como agir em uma hipoglicemia e etc. 
Graças a Deus a alimentação delas sempre foi a melhor possível, e eu tive muitas lutas dentro do hospital pra conseguir manter e seguir com tudo que eu tinha construído com a minha filha. 

Precisei tirar dela a amamentação em livre demanda, mas não tirei dela a mama, passamos a ter horários regrados com a alimentação e uma preocupação enorme sobre ela comer que antes não existia. 
Tudo que ela come é pesado, contabilizado para que assim ela possa receber a quantidade certa de insulina, e por aí vai. Apesar de inicialmente parecer ser um pesadelo, e realmente foi, nós aprendemos rápido, nos dedicamos muito e assim continua sendo. Ela ainda não tem 1 ano de doença, mas já vivemos com essa rotina e situações como se ela fizesse parte da nossa vida a muitos anos.


- A maternidade é sem dúvida um livro fechado. De tudo o que já viveste nesta viagem, peço-te que deixes uma consideração, pensamento teu ou de outra pessoa sobre estes momentos.

Eu diria que a maternidade é a experiência mais transformadora e desafiadora na mesma proporção que uma pessoa pode ter. 
Mais do que o luto inclusive, que também foi algo que eu vivi muito de perto, e me transformou muito. Diria que se tu não for capaz de doar-se de corpo e alma por outro ser humano, talvez não seja pra ti ( e tá tudo bem, hoje mais do que nunca ninguém é obrigado a nada).

- Deixa uma música que te inspira e que te acompanhe...



Tem uma música que eu amo e marcou a minha jornada como mãe, e eu canto para as minhas meninas desde a barriga que se chama (Esperando Na Janela / Canção de Cogumelo Plutão), essa música tem um significado enorme pra mim, pois ser mãe e ter minhas filhas ressignificou a minha vida, que perdeu muito o seu sentido após a morte dos meus pais, vou deixar um trecho da música para vocês:

Esperando Na Janela  - Cogumelo Plutão

Quando me perdi
Você apareceu
Me fazendo rir do que aconteceu
E de medo olhei, tudo ao meu redor
Se assim enxerguei que agora estou melhor
Você e a escada na minha subida
Você e o amor da minha vida
e o meu abrir de olhos no amanhecer
Verdades que me leva a viver
Você e a espera na janela
A ave que vem de longe tão bela
A esperança que arde em calor
Você e a tradução do que e o amor

Obrigada Nanda pela disponibilidade. Votos de muitas felicidades para vocês. Por aqui irei continuar a acompanhar o crescimento da Sophie e da Zoe e das vossas aventuras. 

Beijos e abraços.
Sandra C.

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