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Ora Agora Falas Tu! - "Amazing" Mafalda!

Bom dia a todos!

Hoje nesta rubrica e por ser o Dia Mundial da Fotografia trago-vos uma menina (para mim há-de ser sempre uma menina 😊) que conheço desde pequena. Brincamos muitas vezes juntas, mas a vida separou-nos e as redes sociais voltou-nos a juntar. Ainda não foi este ano que estivemos juntas!!

Então trago-vos a Mafalda Henriques, uma mulher com um sorriso contagiante e com um dom, o de captar pela lente o mundo ao seu redor! E como o faz tão brilhantemente! 

De ressalvar que as fotos da Mafalda já são expostas em vários locais do mundo, neste momento, tem fotos na exposição “THE PORTUGUESE LANDSCAPE “   a decorrer com um grupo de Portugueses em Gothenburg.

Deixo-vos então o que diz a Mafalda sobre esta arte de fotografar...

"Cada vez que saio para fotografar, independentemente de ir para o mesmo local uma e oura vez, olho para o espaço e o que acontece à minha volta de maneira diferente. 

É como viajar.  Podes ir várias vezes ao mesmo local e disfrutas de tudo o que já conheces de maneira diferente, os teus sentidos olham para as mesmas coisas de antes, mas vêem-nas de outra forma. 

Na fotografia, comigo, é exatamente da mesma forma.

Desde pequena que tenho o fascínio por fotografia. 

Sempre tive a câmara apontada para mim, pois o meu pai adora fotografia e andava sempre com a câmara, quando íamos de férias ou até em casa, nessa altura ainda de rolo. 

Recordo-me de me ter ensinado as coisas mais básicas como estabelecer a ISO e a abertura, de acordo com o momento e a luz existente no dia. 

Apesar que nessa altura o rolo (da máquina) já te dizer qual a ISO que estás a usar. 

E a partir de certa altura deixava que levasse a camara para as visitas de estudo…muita responsabilidade! 🤩🤩🤩


Sempre gostei de registar momentos e locais onde vou.

Durante o período da faculdade, usava a fotografia apenas para fotografar os meus projetos para depois as colocar nas apresentações. Tive a minha primeira máquina digital por essa altura, mas depois com o aparecimento de câmara nos telemóveis, a fotografia tomou um rumo diferente e ficou um pouco adormecida.

Com o nascimento da nossa filha, surgiu a necessidade de registar todos os momentos e o bichinho da fotografia voltou, o que me fez adquirir uma câmara nova.

Há 4 anos quando me mudei para a Malásia senti a necessidade de levar a fotografia para outro nível e fiz aulas com o foto jornalista HENRI BERBAR.


Vendi a minha câmara e comprei uma câmara profissional e os resultados...bem os resultados passaram a ser “amazing”! 

A observação do outro ou o contemplar do que nos rodeia absorve-me de tal forma que quando saiu para fotografar não penso em mais nada. Pegar na câmara e sair tem um efeito inspirador, relaxante e muito libertador.


A Asia tem um poder muito forte, uma energia muito diferente do que estamos habituados na europa, quer seja pelas cores, pelos cheiros, a arquitetura, as pessoas ou até mesmo pelo frenesim das cidades. 

Vivi todo o período do CV19 na Ásia e estávamos completamente fechados, a Malásia só abriu as fronteiras em maio de 2021. Durante este período a fotografia foi terapêutica. Era uma forma de sair de casa, passear-me pela cidade e ocasionalmente encontrar-me com uma ou outra pessoa, e descobrir locais onde não existiam turistas.

E desde aí não tenho parado! 


Mentiria se dissesse que não fico feliz quando algumas das minhas fotos são escolhidas por páginas de fotografia ou por instituições ou locais que menciono...podemos dizer que é o reconhecimento por aquilo que fazes. 

Mas não é isso que me move…penso que a liberdade, a flexibilidade, as experiências, o conhecimento e o entusiasmo que tenho a fotografar é o mais importante.

Vamos ver até onde me leva esta minha paixão que está a entrar noutra dimensão!  😜 😜 😜"




Podem acompanhar os trabalhos da Mafalda no perfil dela no Instagram 

Muito grata pela tua partilha Mafalda, que continues sempre a fotografar para que possamos deliciarmo-nos com os tantos olhares únicos e por vezes ousados da tua arte!!

Bom fim-de-semana a todos!

Beijos e abraços.
Sandra C.

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