Avançar para o conteúdo principal

Chapéu de Chuva


 Bom dia!

Dezembro está ai! Já viram como o tempo voa?

Mas não venho aqui falar disso, venho cá para falar-vos do meu novo texto que saiu ontem na página Amaral Media

O nome do texto é "Chapéu de Chuva", fala do inverno e da alegria de um chapéu de chuva sempre que sai à rua...

Também podem ouvir excertos desse texto no Instagram do Amaral Media .

"O inverno já se faz sentir, apesar do frio, lá fora o sol brilha. E no bengaleiro sofre abandonado o chapéu de chuva. Que triste sina a sua, ele que tanto gosta de sair e ver as suas amigas nuvens cinzas. E em segredinhos lhes sussurrar “Vá está na hora, é agora. Se não vou novamente para o armário…” diz ele ansioso para as amigas.

Quando de repente o vento sopra e o dia se torna melodramático, o chapéu não cabe em si de contente, pois sabe que vai sair à rua. As gotículas são mil e uma, elas caem copiosamente sobre si e ele, sorri, sorri desmesuradamente. Quando na mão de uma criança ela brinca e roda-o, apesar das tonturas é deveras feliz! As suas cores do arco-íris respingam gotas, morrinhas por todo o lado e deixam um aroma a terra molhada pelos jardins e ruas.

Mas o chapéu de chuva também se zanga, principalmente nos dias de ventania em que o sibilo do Sr. Vento o deixa desnorteado. Nessas alturas reclama, vocifera “Ó Senhor vento, que tonteria é esta? Ai que me viro do avesso!”

Quando o inverno aperta e a chuva dá lugar aos dias gelados e de muita neve, o chapéu de chuva fica muito cabisbaixo e pensativo, olha pela janela e nos seus pensamentos conta os dias até que volta a sair à rua.

E assim lentamente vai passando o inverno, por entre frio, chuva, árvores despidas e sentimentos melancólicos, para que uma vez mais a natureza desperte no seu mais belo esplendor e se cubra de uma vida que estava até então adormecida."

Espero que gostem e digam-me o que acharam sinceramente.

Beijos e abraços para todos!
Sandra C.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A origem das coisas...

Todos os dias fazemos pequenos gestos e usamos alguns produtos que se tornam num ritual diário. Por exemplo, com certeza que usa sabonete, ou mesmo gel de banho todos os dias.  Já alguma vez se perguntou porque o fazemos, ou qual é o sua origem? O sabonete é um produto muito antigo, os primeiros vestígios deste produto, foram encontradas na era de 2800 A.C., durante as escavações da antiga Babilónia. Na era de 1500 A.C. os antigos egípcios usavam uma mistura de óleos animal e vegetal com sais alcalinos para criar um material semelhante ao sabão, este era usado para tratar de doenças. Na era de 600 A.C. os fenícios confeccionavam uma mistura de terra argilosa com cinzas de madeira ou calcário para limpar o corpo. Este produto correu as rotas do comércio, até chegar à Europa, no entanto esta técnica não foi utilizada pelos Romanos, durante cerca de 600 anos.A partir do I século D.C. o fabrico do sabão foi evoluindo consideravelmente, desde o cozimento do sebo de carneiro com cinzas de

Entrevista - Isabel Moura Pinto - Uma Força da Natureza!

  Bom dia! Hoje deixo-vos a ultima entrevista do mês de Março de 2024.  Neste dia tão importante para mim, tinha de trazer ao blog alguém ligado à arte do teatro e à cultura em si . Trago-vos então a Isabel Moura Pinto, uma mulher de uma garra incrível, uma consciência cultural fantástica e uma inspiração! Conhecia-a em 2022 numa reunião de um projecto teatral e nunca mais nos "deslargamos".  Se hoje faço parte do TEO - Teatro Experimental de Odivelas, o devo ao convite da Isabel. Deixo-vos então a entrevista. - Quem vive na zona de Odivelas a tua cara já não é estranha, mas para quem não te conhece, quem é a Isabel Moura Pinto? Apaixonada desde sempre pelo teatro. A Beatriz Costa era prima da minha mãe e como era uma celebridade talvez isso me tenha influenciado. De qualquer forma, era uma criança solitária e distraía-me sozinha criando personagens. O teatro também esteve presente na minha vida académica. Estive 10 anos fora e desde que regressei a Odivelas comecei a partici

Música que tem bom feeling - Maria

Adoro quando descubro músicas que me tocam. Sejam elas mais sérias, ou mais "cool" como esta, estas duas vozes juntas é qualquer coisa! Letra e música de Bezegol Por gostar de ti Maria Não olhei ao sofrimento E não quis lembrar o dia Que falhaste ao juramento Por ti enfrentei o mundo Enrolado no teu dedo Condenado a amor profundo Encobrindo o teu segredo Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Para onde foste eu não vi Nem sei quando deixei Queria-te ter aqui Mas sei que não consigo Fazer voltar atrás Fazer do tempo amigo Vou seguindo minha estrela Firme vou no meu caminho A bagagem vai pesada Mas eu carrego sozinho Foi dica a tua experiência Mas não quero olhar para trás Agarro-me às partes boas E sigo a iludir as más Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Para onde foste eu não vi Nem sei quando deixei Queria-te ter aqui Mas sei que não consigo Fazer voltar atrás Fazer do tempo amigo Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Pa