Bom dia!
Para este fim-de-semana sugiro-vos uma visita a esta aldeia que está no concelho de Grândola.
Esta mina funcionou entre os anos de 1900 e 1988 fazendo a exploração de pirite para o aproveitamento de enxofre. Esta matéria-prima era destinada à produção de ácido sulfúrico utilizado no fabrico de adubos. Nos finais da década de 80 a produção do ácido sulfúrico deixou de ser economicamente viável, originando o encerramento da mina.
Nos anos seguintes a este encerramento, os problemas sociais, tais como o desemprego e a degradação do património industrial e geomineiro, faz com que a população existente nesta zona vá desaparecendo.
Mais tarde no ano de 1994, nasceu o projecto RELOUSAL, numa união de esforços entre a empresa proprietária da mina, a SAPEC, SA e o Município de Grândola, criando a Fundação Frédéric Velge.
Durante de mais 20 anos houve recuperação de vários edifícios que deram lugar a vários pontos de interesse, como o Centro de Artesanato, o Hotel Rural, o Restaurante, o Museu de Arqueologia Industrial e o Centro Ciência Viva.
Sobre a nossa visita:
Começamos precisamente pela Mina de Ciência (Centro de Ciência Viva), onde fomos recebidos muito simpaticamente e nos foi explicado como tudo funcionava.
Para entrar na primeira sala, passamos por um túnel que faz mesmo lembrar a entrada de uma mina.
Nesta primeira sala vamos entender que materiais se pode extrair de um carro (vidro, plásticos, metal, etc) se o desmantelarmos por completo.
Começamos precisamente pela Mina de Ciência (Centro de Ciência Viva), onde fomos recebidos muito simpaticamente e nos foi explicado como tudo funcionava.
Para entrar na primeira sala, passamos por um túnel que faz mesmo lembrar a entrada de uma mina.
De seguida passamos para um pavilhão onde existem vários desafios com perguntas relacionados com vários espaços de uma casa e também desafios para os mais pequenos.
Deixando esse espaço, vamos rapidamente (porque o calor apertava na rua) para uma sala onde podemos visualizar e experimentar vários temas, desde experiências com electricidade, visualizar de onde vêem várias pedras semi-preciosas e metais extraídos em minas por todo mundo e descobrir a vida das formigas (esta foi a parte que os miúdos mais adoraram).
A "Mina P'ra Gente Pequena", uma mini mina com vagões, com "minério" e com máquinas para trabalhar a brincar!


Estava tudo maravilhoso.
De seguida, fomos fazer a visita à Galeria Mineira Waldemar. O guia João Costa foi quem nos acompanhou e nos explicou pormenorizadamente muitos aspectos históricos de como funcionava a mina e das dificuldades porque passava quem lá trabalhava. A vista dura entre 1h30 a 2horas.
O calor era muito e o cheiro intenso a enxofre misturado com outros cheiros que não consegui reconhecer, não facilitaram a nossa caminhada.
Mas lá fomos... começamos pelo Edifício da Trituração (que podem ver na primeira imagem deste post)
De seguida consegui tirar uma foto à vista geral, onde se formaram duas lagoas.
Muito bonitas à primeira vista mas completamente inadequadas para banhos, dado ao valor do PH e poluição que tem.
Nesta foto também se pode ver o deck de madeira, que é percorrido pelos visitantes e que durante a pandemia foi danificado em vários pontos.
A vista da lagoa vermelha, avistando-se os dois malacates.
Esta lagoa impressionou-nos...
Após um breve descanso para refrescar e colocar capacetes de proteção, ai vamos nós à descoberta da mina...
Lá dentro ao entrar estava muito fresquinho, mas a realidade dos mineiros que ali trabalhavam era outra bem diferente.
Uma das primeiras coisas que vimos foi Santa Bárbara, a Santa dos Mineiros
Antes de entrarmos no primeiro paiol onde se guardava a dinamite a sete chaves, vimos este quadro das chapas, cada número (e chapa) pertencia a um mineiro, no final e cada turno todas as chapas tinham de ser confirmadas para garantir que nada acontecia a ninguém.
As ferramentas de trabalho.
A Ribeira de Corona, visivelmente vítima de poluição.
No regresso entramos de novo da mina.
E voltamos pelo mesmo caminho.
Neste dia custou imenso caminhar debaixo de um sol intenso, com mais de 30º.
Mas valeu a pena a experiência.
Valeu estar num lugar tão duro, que pão deu a tantas bocas...
É preciso entender as vidas que deram vida a este lugar. O rude deste trabalho..
Grandes homens estes que levaram este lugar aos dias de hoje.
Um bem haja a quem está neste momento à frente deste lugar e nos leva a viajar a tempos onde a vida era efetivamente tão árdua.
*Caso queiram visitar, passem na página do Centro de Ciência Viva do Lousal .
É necessário fazer marcação prévia.
Desejo-vos um bom fim-de-semana.
Beijos e abraços.
Sandra C.
Pelas fotos tudo indica que seja uma aldeia bonita de se visitar. Acho os lagos um perigo para a saúde pública. Parecem-se de águas paradas o que não é nada bom.
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Feliz fim-de-semana
Abraço
Um passeio e visita bem mostrado e que agrada grandes e pequenos! beijos, chica,lindo fds!
ResponderEliminarUma publicação muito rica! Fantástica!!
ResponderEliminar-
Beijo. Bom fim de semana.
Obrigado pela sugestão. Muito original!
ResponderEliminarParece um excelente passeio... cultura e ar livre :)
ResponderEliminarQue sugestão fantástica, para um bom passeio! Acho que não me lembro de ter ouvido falar desta aldeia!...
ResponderEliminarHá muito do nosso país, ainda por descobrir!...
Adorei as imagens! Belíssima reportagem fotográfica sobre este local! Beijinhos
Ana