Avançar para o conteúdo principal

Review do livro " Destinos Cruzados"


Como vos tinha dito sou um bocadinho " avessa" a ler livros daqueles muito bonitos e cor-de-rosa, mas pronto, de vez em quando faz bem mudar a agulha.

E não é que fui agradavelmente surpreendida? Uma leitura simples, com muitas voltas e mudanças de cenários, com um único objectivo, encontrar a dona da pulseira de pendentes perdida.
A pulseira foi entregue, talvez não tenha sido mesmo à proprietária, mas ficou entregue.

Pelos muitos caminhos que este livro percorreu, destaco sem dúvida, o abordar do tema cancro da mama e também o complicado processo de luto após a morte da companheira (isto acontece com o pai de um dos protagonistas e ao fim ao cabo também com ele próprio, revi-me nesta questão do luto...)

Relata também as vicissitudes da sociedade, onde para alguns o seu único foco é o Eu!

Não me vou alongar mais, se não conto-vos o livro todo!
Sugiro este livro sem dúvida.

Deixo-vos algumas frases do livro que achei bonitas.
Espero que gostem.

Pág. 278 "Afinal, ninguém gosta de se ver confrontado com a ideia da sua própria mortalidade. Cada um de nós anda por cá com a noção de que não é um elemento permanente deste mundo, mas, ao mesmo tempo, dar de cara com a fatalidade não é uma coisa fácil de gerir.(...)"

Pág 302 "Se viveres todos os dias como se fossem o último, não terás arrependimentos, pois cada nova madrugada é uma benção em si mesma...uma dádiva que não sábias que receberias."

Beijos e abraços.
Sandra C.

Comentários

  1. Parece me ser um livro muito interessante e ao mesmo tempo muito "humano" <3

    pimentamaisdoce.blogspot.pt

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Pode comentar... o Bluestrass não morde!

Mensagens populares deste blogue

Eduardo Viana - O supersticioso e obstinado

Eduardo Viana , pintor nascido em Lisboa no dia 28 de Novembro de 1881 na Rua do Loreto, nº 13 no quarto - andar, filho de José Afonso Viana e de D. Maria das Dores Fonseca Viana foi um dos nomes sonantes da pintura do século XX em conjunto com outros pintores como Amadeu de Sousa-Cardoso, Almada Negreiros, Robert Delaunay e Sónia Delaunay, Mily Possoz (de quem veio a estar noivo entre os anos 1919-1925) entre outros. Uma personalidade impar,”(...) Supersticioso, austero, exigente e obstinado (...)” era capaz de “(...) raspar qualquer trecho ou pormenor, aparentemente insignificante, de uma tela já coberta; repintá-lo uma, duas, número sem conto de vezes, até acertar na forma, mas, sobretudo, no tom, era, para Eduardo Viana, o pão nosso de cada dia. Que saibamos, um ano (...) levou o insatisfeito pintor a encontrar, após sucessivos ensaios, a cor de um simples lenço sobre que, numa natureza morta, repousavam uns frutos (...)” Matriculou-se no Curso Geral de Desenho da Sociedade de Bela...

É Preciso - Miguel Gameiro

Bom dia!! Hoje trago-vos a mais recente música de Miguel Gameiro. Acho piada olhar para ele e ao mesmo tempo olhar para mim e para muitos desta mesma geração, como mudamos com o passar dos tempos. Não que isso seja mau, bem pelo contrário... As músicas do Miguel sempre me tocaram muito, não só porque acompanho o trabalho dele quase desde o primeiro momento, mas também vejo muita das minha verdades nas letras e músicas dele. Somos da mesma freguesia, eu cresci na terra ao lado da dele, temos amigos em comum, no entanto só nos cruzamos uma única vez, num momento bem triste. Voltando a esta canção, mais uma vez acertaste na muche, esta é mais uma daquelas canções que daqui a muitos anos, os nossos filhos e netos vão querer saber a história dela! Parabéns!!                                               Foto by Facebook Miguel Gameiro  É preciso Parar ne...

Restolho - Mafalda Veiga

Bom dia! Adoro quando sou surpreendida por musicas recentes que me tocam, mas também quando ouço algo que em tempos acompanhou a minha vida. É o que acontece com esta música. Sempre gostei muito de ouvir Mafalda Veiga, principalmente na adolescência, as suas músicas sempre me concederam momentos de pausa e de reflexão.  Esta música faz-me lembrar momentos de verões eternos, quando a seguir ao almoço o calor era tanto que se ouviam as cigarras.  Do doce das uvas, das amoras e dos figos pelos caminhos duros.  Do rio calmo e fresco, dos peixes que teimavam em fazer as suas danças e quase que nos vinham beijar a pele.  Dos fins de dia quase noite quando caminhavamos cheios de uma felicidade que enchia o coração. É bom recordar... "Geme o restolho, triste e solitário A embalar a noite escura e fria E a perder-se no olhar da ventania Que canta ao tom do velho campanário Geme o restolho, preso de saudade Esquecido, enlouquecido, dominado Escondido entre as sombras do ...