Música "Menina dos Olhos Tristes" de José Afonso (1969)
Era uma vez um "senhor" que tinha o poder de mandar num pequeno país... um dia esse senhor resolveu brincar ás guerras...
Então agarrou nos soldadinhos que não eram de chumbo, mas sim de carne, osso e lágrimas e moveu-os para as terras que no mapa ele dizia que eram "suas".
Houve muitos que resistiram e se opuseram a esta guerra então deram o "salto" para outros pontos do Mapa Mundo.
Alguns conseguiram outros nem tanto assim e foram "agarrados" pelos policias do senhor e ficaram presos.
Os outros soldadinhos foram então "em força" para aquelas terras que eram do dito "senhor"!
Durante as viagens para chegar ao seu destino, o que passaria na cabeça dos soldadinhos... medo?
Receio do desconhecido? Medo de não mais voltar?
Incógnitas e pontos, muitos pontos de interrogação???
Muitos foram aqueles que em guerra tombaram, muitos outros ficaram "quebrados", nas pernas, nos braços, os olhos ficaram embaciados de tristeza para o resto da vida...
Muitas são as histórias que não se podem contar, pois são tortuosas de mais para o fazer!
13 anos depois e já após a morte do senhor, dá-se uma uma revolta de outros soldadinhos e tudo aquilo que durante 40 anos foi calado, proibido, riscado, amordaçado, foi finalmente LIBERTADO!
E a guerra acabou! E os soldadinhos que estavam nas terras que não eram do senhor regressaram à sua terra, com marcas profundas, do que viram, fizeram e passaram!
A "melancolia", como lhe chamavam na altura tomou conta de muitos desses homens, transtornando a sua vida e a vida dos que os rodeavam durante muitos e longos anos!
Esta é a história breve da nossa Guerra Colonial , que durou treze anos e que matou mais de oito mil portugueses...
Uma vénia a todos os que por lá estiveram, aos que regressaram vivos, aos que regressaram vivos mas com mazelas irreversíveis para toda a vida e para os mortos!
Sei que este é um tema que incomoda, que toca em feridas que nunca irão sarar, mas eu tinha de falar dele!
Cumprimentos a todos!
Sandra C.
13 anos que ficaram para sempre marcados na vida dos que regressaram.
ResponderEliminarÉ, de facto, um tema doloroso, mas não pode ser ignorado!
Beijinhos*