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Será que nem nas farmácias podemos confiar?

Ontem, recebi por e-mail este texto e resolvi partilhar convosco, não por ser uma pessoa conhecida a quem aconteceu isto, pois ao ler, pensamos mesmo que um dia pode acontecer a nós... (lagarto, lagarto!).
Respeito profundamente o sofrimento dos outros e respeito mais ainda como homem e como grande actor quem descreve esta história.
Vou então deixar-me de mais rodeios, a história é a seguinte e é contada na 1ª pessoa:

"Na semana passada fiz a minha primeira sessão de quimioterapia.
O meu Oncologista receitou-me um medicamento para os enjoos (SOS) que eu muito cautelosamente fui comprar à farmácia. Eram 13h30 e estava eu à porta da Farmácia para aviar a receita. Para espanto meu, percebo que a Farmácia fecha à hora de almoço. Ok. A solução era voltar uma hora mais tarde e assim o fiz.
Quando voltei pouco antes das 14h30 (hora de reabrir) esperei que a porta abrisse. Esperei e continuei a esperar até às 14h45. E lá chegou uma senhora a falar ao telemóvel que devia estar a tratar de um assunto muito importante porque a porta primeiro que abrisse ainda demorou mais uns cinco minutos.
Finalmente consegui entregar a receita à senhora da Farmácia. Confesso que o ar da senhora era no mínimo assustador. A receita (ainda a tenho comigo, assim como o recibo do remédio) tinha escrito METOCLOPRAMIDE.
Paguei e vim-me embora.
Durante esse dia e os seguintes, os tais sintomas de enjoos e náuseas provocados pela quimioterapia deitaram-me completamente abaixo. Fui mesmo obrigado a cancelar os espectáculos que tinha a norte do País.
Na sexta-feira fui ter com o meu oncologista para lhe pedir qualquer coisa que me aliviasse o mal estar. Ele assim o fez e receitou-me um outro remédio que comecei a tomar logo e que rapidamente começou a fazer efeito. No Sábado, Domingo e Segunda, voltei a sentir-me bem.
Hoje fui novamente ao Hospital para fazer a segunda sessão de quimioterapia e, qual não é o meu espanto, quando falava do meu estado de má disposição da semana passada e mostrava os comprimidos que andava a tomar, quando percebi que o remédio que eu andava a tomar para os enjoos não era para os enjoos mas sim para a Diabetes. Em vez do tal METOCLOPRAMIDE, estava a tomar METFORMINA.
A senhora da Farmácia tinha-me, pura e simplesmente, dado um medicamento errado.
Não só passei vários dias a tomar um remédio que não me aliviava, como ainda por cima, me diminuía os níveis de açúcar no sangue!!! Podia só ter tido um ataque de hipoglicemia. Este texto é só um desabafo.
Agora saiam da frente que eu vou ali abaixo "TRATAR DA SAÚDE" à senhora da Farmácia. Ou não fosse hoje o DIA MUNDIAL DA SAÚDE (LOL)"Parece uma "Conversa da Treta" mas foi de verdade! Dá para acreditar? Como é possível existir pessoas com tamanha incapacidade para o bom desempenho das suas funções profissionais? Em lugares como este não é suposto estar alguém de idoneidade comprovada para a função? Assim... não!!!! Sempre ouvi dizer que: - "com a saúde não se brinca"

Incrivél, não é? Dá que pensar... quantas serão as vezes que isto não acontece?
Cumprimentos a todos e daqui uma força especial para o António Feio!
Sandra C.

Comentários

  1. Sim! dá para acreditar e, penso que hoje em dia este tipo erro serão cada vez mais frequentes. Pois, tudo e todos parecem andar correr como se isso fizesse o tempo andar mais devagar.

    No caso que relatas, a senhora da farmácia mostrou total ausência de profissionalismo, isto sem esquecer a falta de consideração ao deixar um cliente à espera na porta e no horário de funcionamento.

    Contudo, nesta história o teu amigo também não está isento de alguma culpa. Pois, sempre apreendi que antes de tomar um medicamento, qualquer que seja, devemos ler o panfleto que o acompanha. É para isso que ele está lá!

    Se desta vez, o erro foi da farmacêutica, da próxima poderá (e já houve casos) ser do próprio médico na prescrição do medicamento errado...

    Moral da história: hoje em dia, todo o cuidado é pouco.

    Ah! deixaste de visitar o meu blog?

    Abraço,
    CR/de

    ResponderEliminar
  2. Olá Carlos! Mais uma vez obrigado pelo comentário...
    Esta situação não se passou com nenhum amigo meu, mas sim com o actor António Feio, mas chegou-me a mim através de uma amiga minha.
    Realmente ele deveria ter lido o papel (eu normamelmente costumo fazer isso)...

    Outra coisa... eu não deixei de visitar o teu blog, ando é ocupada a fazer umas coisas para a minha árvore de Natal, logo não ando tanto por aqui, mas já li a reportagem "Morna, suave morna".

    Jokas
    Sandra C.

    ResponderEliminar
  3. Ok Sandra!

    Antes de mais, obrigado pelo comentário. Sem dúvida que o texto está gradável, pois foi escrito com coração. Contudo, a fotografia é que foi publicada...

    Bom trabalho,
    CR/de

    ResponderEliminar

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