
O corpo deixou-nos, mas a alma ficou cá entre nós e sempre que se ouve a sua música, é impossível ficar-se-lhe indiferente.
Eu tal como tantos outros milhares de portugueses, gostamos de Amália, da sua irreverência, do seu inconformismo, de ouvir as suas músicas e ficar arrepiado.
No dia que Amália morreu, chorei, chorei ao som da sua melódica voz.
Também fui ver o musical Amália e fiquei com a sensação que o seu espírito estaria presente naquela sala...
O coração batia mais forte, sempre que surgia uma cena, mais intensa.
Tenho a impressão que Portugal não a soube compreender, tal como aconteceu com outros cantores que só depois da morte são reconhecidos!
No dia de hoje, ao ver a televisão e todas as homenagens feitas, parece que fica sempre algo por dizer.
Aqui fica a minha pequena lembrança, deixo-vos um dos fados que mais gosto e que está guardado no meu coração.
Gaivota
Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse
Que perfeito coração
Morreria no meu peito,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Jokas a todos
Sandra C.
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