Avançar para o conteúdo principal

Os senhores meus pais...

Pai. Existe muito género de pais, aqueles que demonstram todo o seu afecto, ás vezes até de maneira exagerada, os que quando sabem que vão ser pais, tem comportamentos de “grávido”, enjoam, ficam mais emotivos, depois quando a criança nasce e surge a primeira contrariedade (tal com mudar uma fralda “bem-cheirosa”) fogem a sete pés e dizem “ Querida vai lá tu, que tens mais jeito do que eu.”
Existe uma diversidade imensa de maneiras de ser pais, mas agora vou apontar para duas formas que me são mais familiares.
Os que tem uma dificuldade tremenda em demonstrar os sentimentos e ainda aqueles que tal como as mães são chamados os “pais galinhas”.
Os meus dois pais são na minha opinião tal qual a descrição em cima feita.
O meu pai é assim, reservado, com uma dificuldade extrema de mostrar os sentimentos, eventualmente fruto de ter sido criado sem esse manifesto de afectos, fruto de todas as agruras da vida, mas ao mesmo tempo é capaz de chorar como uma criança com certas situações, apesar de querer guardar as lágrimas para dentro, porque um homem não chora! Mas chora, um homem tem um coração com sentimentos que incomodam, com raivas reprimidas, portanto tem todo o direito de chorar.
O meu sogro é um pouco o oposto do meu pai, não tem problema algum em demonstrar os sentimentos, é o verdadeiro “pai galinha”.
É capaz de tirar a camisa que traz vestida para dar a alguém, da mesma maneira que por vontade dele saltava para dentro do campo quando num jogo de futsal, vê um dos filhos caídos nem que seja porque está cansado.
Cada um da sua maneira, cada um com a sua forma muito própria de
ser e de demonstrar que gosta de nós, assim são eles, os melhores pais do mundo.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Eduardo Viana - O supersticioso e obstinado

Eduardo Viana , pintor nascido em Lisboa no dia 28 de Novembro de 1881 na Rua do Loreto, nº 13 no quarto - andar, filho de José Afonso Viana e de D. Maria das Dores Fonseca Viana foi um dos nomes sonantes da pintura do século XX em conjunto com outros pintores como Amadeu de Sousa-Cardoso, Almada Negreiros, Robert Delaunay e Sónia Delaunay, Mily Possoz (de quem veio a estar noivo entre os anos 1919-1925) entre outros. Uma personalidade impar,”(...) Supersticioso, austero, exigente e obstinado (...)” era capaz de “(...) raspar qualquer trecho ou pormenor, aparentemente insignificante, de uma tela já coberta; repintá-lo uma, duas, número sem conto de vezes, até acertar na forma, mas, sobretudo, no tom, era, para Eduardo Viana, o pão nosso de cada dia. Que saibamos, um ano (...) levou o insatisfeito pintor a encontrar, após sucessivos ensaios, a cor de um simples lenço sobre que, numa natureza morta, repousavam uns frutos (...)” Matriculou-se no Curso Geral de Desenho da Sociedade de Bela...

Restolho - Mafalda Veiga

Bom dia! Adoro quando sou surpreendida por musicas recentes que me tocam, mas também quando ouço algo que em tempos acompanhou a minha vida. É o que acontece com esta música. Sempre gostei muito de ouvir Mafalda Veiga, principalmente na adolescência, as suas músicas sempre me concederam momentos de pausa e de reflexão.  Esta música faz-me lembrar momentos de verões eternos, quando a seguir ao almoço o calor era tanto que se ouviam as cigarras.  Do doce das uvas, das amoras e dos figos pelos caminhos duros.  Do rio calmo e fresco, dos peixes que teimavam em fazer as suas danças e quase que nos vinham beijar a pele.  Dos fins de dia quase noite quando caminhavamos cheios de uma felicidade que enchia o coração. É bom recordar... "Geme o restolho, triste e solitário A embalar a noite escura e fria E a perder-se no olhar da ventania Que canta ao tom do velho campanário Geme o restolho, preso de saudade Esquecido, enlouquecido, dominado Escondido entre as sombras do ...

Música que tem bom feeling - Maria

Adoro quando descubro músicas que me tocam. Sejam elas mais sérias, ou mais "cool" como esta, estas duas vozes juntas é qualquer coisa! Letra e música de Bezegol Por gostar de ti Maria Não olhei ao sofrimento E não quis lembrar o dia Que falhaste ao juramento Por ti enfrentei o mundo Enrolado no teu dedo Condenado a amor profundo Encobrindo o teu segredo Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Para onde foste eu não vi Nem sei quando deixei Queria-te ter aqui Mas sei que não consigo Fazer voltar atrás Fazer do tempo amigo Vou seguindo minha estrela Firme vou no meu caminho A bagagem vai pesada Mas eu carrego sozinho Foi dica a tua experiência Mas não quero olhar para trás Agarro-me às partes boas E sigo a iludir as más Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Para onde foste eu não vi Nem sei quando deixei Queria-te ter aqui Mas sei que não consigo Fazer voltar atrás Fazer do tempo amigo Eu lembro-me de ti Por quem me apaixonei Pa...