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No encalço da infância perdida

Hoje que também é Dia Mundial da Infância, eu deixo aqui uma pergunta, será que as crianças de hoje, os nossos filhos, irmãos, sobrinhos, etc, será que eles vivem ainda a infância?
Ou será que desde tenra idade deixaram de a viver para passar a ser pequenos adultos, frios, calculistas, fruto de sentimentos controversos, de publicidades que os deixam em dúvida de como agir?
Será que temos nós ainda capacidade de os fazer e deixar sonhar, como os nossos pais deixavam?
Ou seremos nós, os maus exemplos? Pois há muito que já perdemos o sentido de como brincar, de como sonhar...
Deixo-vos uma canção de Carlos Paião que fala precisamente disso.


Adeus cegonha, gosto de ti.

Há quanto tempo te não via por aí

Nem tens ninhos nos telhados

Nem as asas pelo céu


Adeus cegonha que aconteceu.

Ainda me lembro, de ouvir-te dizer.

Que tu de longe os bébés vinhas trazer

Mas os homens vão crescendo

E as cegonhas a morrer

Ainda me lembro, não pode ser.


Adeus cegonha, tu vais voar.

E a gente sonha, é bom sonhar.

No teu destino por nós traçado

Leva o menino, que é pequenino, toma cuidado. (bis)


Adeus cegonha, adeus lembrança.

A gente sonha, como criança.

Faz outro ninho, em local distante.

Vai de mansinho, mas no caminho, diz-me um segredo.

Adeus cegonha...Lá rá la rá rá....

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