Avançar para o conteúdo principal

Joana- Amor para a vida toda!


A entrevista que vos trago hoje, é de uma pessoa especial, como todas as pessoas que aqui trago.
Conheci a Joana ainda era uma menina... a nossa Joaninha.
A Joaninha cresceu, casou e agora é mãe pela primeira vez!
Podia entrevistar muitas primeiras mães, mas decidi que a Joana era a pessoa certa! E aqui está ela a contar nas suas palavras esta aventura, sua, do Ricardo e da pequena Leonor!


Joana foste mãe pela primeira vez ainda não fez um ano. 
Como está a correr esta aventura?
- A aventura de ser mãe começou no dia 17 de novembro de 2017, há quase 6 meses. Está a ser uma experiência única e maravilhosa. Estou a adorar ser mãe! Confesso que os dois primeiros meses foram os mais cansativos, era tudo novidade, ainda estava em fase de adaptação à bebé e ela a mim, e principalmente à nova vida a três.  A nossa vida mudou completamente com a chegada deste pequeno ser. Muitas horas sem dormir, refeições fora de horas, muitas dúvidas, medos, receios...mas vale tudo a pena. Todos os dias existe algo novo a aprender, todos os dias são o primeiro dia de alguma coisa para a Leonor e sabe tão bem ver esses pequenos momentos. Não trocaria esta vida por nada deste mundo.

Ser mãe sempre foi um sonho que tiveste?
- Sempre sonhei em ser mãe, pois adoro bebés e crianças. Quando era pequena sonhava em casar e ter filhos. Uma das minhas brincadeiras favoritas era brincar às famílias. Eu tinha sempre dois ou três filhos. :)

Presumo que tenha sido muito emotivo quando soubeste da noticia?
- Sim. No dia em que descobri que estava grávida fiquei muito feliz. 
Já andávamos a tentar a alguns meses e por isso estava muito ansiosa. 
No inicio de Março de 2017 tive os primeiros sintomas
(cansaço, dores no fundo da barriga, dores de cabeça) e fiquei desconfiada. Comprei dois testes de gravidez os quais fiz sozinha. 
Chorei de felicidade quando deu positivo. Tive vontade de contar a toda a gente, mas consegui aguentar e guardei para fazer surpresa no dia de aniversário do meu marido, 20 de Março. Consegui esconder de todos durante 4 semanas, inclusive do pai. Foi uma surpresa linda.

Que receios tinhas no decorrer da gravidez?




- Quanto aos receios que tive durante a gravidez, penso que são os comuns a todas as grávidas. 
O medo que aconteça alguma coisa ou de estar a fazer alguma coisa errada que possa fazer mal ao bebé é uma constante. Receio do parto e até do pós parto. 
Mas felizmente tive uma gravidez muito saudável, tranquila e feliz. 
Foram 40 semanas de muita intensidade, vividas ao pormenor, de modo a aproveitar cada segundo.


Os enjoos e os desejos de grávida afectaram-te?
- Desejos não cheguei a ter. Quanto aos enjoos, tiveram inicio no segundo mês e duraram até ao terceiro. Apenas apareciam de manhã durante o pequeno almoço. 
Não podia comer nada que ia tudo para fora, mas depois ficava bem. E acabaram por passar.



Quando tomaste noção que o dia estava a chegar, o que sentiste? Medo, ansiedade?
- Depois de completar as 36 semanas de gestação, comecei a ficar ansiosa. Podia ser a qualquer momento e como é óbvio comecei a ter medo do que poderia acontecer durante o parto. Imaginava como seria. Se iria ter contrações, se ia doer muito, se ia ser rápido... No fundo se iria ser capaz de aguentar o parto.

 Como correu o parto?
- O parto felizmente correu muito bem. Teve de ser cesariana porque a pequena Leonor posicionou-se de tal forma que não conseguia nascer sozinha. 
Era minha vontade e convicção que o parto fosse normal. Contudo no dia anterior ao parto, durante a consulta com o meu obstetra, ficou claro que não valia a pena esperar mais. 
Por isso a Leonor nasceu no dia previsto para o parto, mesmo nas 40 semanas de gestação. 
No dia do parto, embora estivesse bastante calma, encontrava-me ansiosa para conhecer a minha bebé. 
O papá esteve  presente, acompanhando e apoiando-me, aliás, como sempre fez ao longo de toda a gravidez. Foi um apoio fundamental!
A equipa médica foi igualmente excepcional.
Apesar de ser cesariana senti praticamente tudo. É um facto que não senti dor porque me foi administrada a epidural. Contudo senti o corte e quando a puxaram. Ainda consegui espreitar um bocadinho. 
Adorei quando colocaram aquele serzinho junto a mim. Ouvir o primeiro chorinho dela foi maravilhoso. Mal sabia chorar. É um momento único que nunca vou esquecer. 
Ela nasceu bem. Uma gorduchinha de 3,820gr e 50,5cm por volta das 15h45m.

Conseguiste amamentar? Como correu?



- A amamentação está a correr bem. No inicio custou, pois foi bastante dolorosa a descida do leite. Mas com força de vontade e muito amor consegui aguentar a dor e não desisti. 
Hoje adoro amamentar. São momentos só nossos. É um amor de mãe para filha incomparável. Consegui proporcionar à minha filha a amamentação exclusiva até aos 5 meses. 
Muito embora continue a mamar já introduzi as papas, sopas e frutas. 
O leite materno vai estar presente na alimentação da Leonor até ela não querer mais ou eu deixar de o ter.

Tencionas voltar a repetir esta experiência?
- Sim, um dia tenciono voltar a repetir esta linda experiência. Quero voltar a engravidar. 
Sempre esteve nos meus planos ter pelo menos dois filhos.




Acreditas que o ser mãe, é algo intuitivo, que nasce connosco?
- Sim. Há mulheres que nascem para ser mães e outras não. 
Para ser mãe é preciso ser muito paciente, compreensiva, responsável e saber que tens de abdicar de certas coisas para te dedicares de corpo e alma a um pequeno ser. 
Acima de tudo é necessário ter muito amor para dar. Acredito que muitas mulheres não foram feitas para experimentarem esta fase na vida delas. 
Categoricamente, afirmo que muitas nunca deveriam ser mães. 
E depois existem aquelas mulheres que nascem com a tal intuição ou dom de ser mãe. 
No meu caso, com as minhas imperfeições, nasci seguramente para o ser. 
Se pudesse seria mãe a tempo inteiro pois é a melhor profissão do mundo!
Todas as opções que faço, corretas ou erradas, são sempre a pensar no bem estar da Leonor. 
Estou certa que ainda tenho muito a aprender.
Amo incondicionalmente a minha filha e farei tudo o que estiver ao meu alcance para que seja feliz!



Espero que gostem tanto das palavras como eu gostei! 
Parabéns Joaninha e Ricardo! Parabéns Leonor pelos papás fantásticos que tens!!
Iremos sempre estar ao vosso lado sempre que precisarem de nós!
As fotos foram facultadas atenciosamente pela Joana.

Beijinhos e abraços a quem nos lê!
Sandra C.

Comentários

  1. Que entrevista encantadora! Gostei muito de conhecer a Joana e a sua experiência como mãe, nota-se nas suas palavras o quanto a Leonor a completa :)
    Que sejam muito felizes

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. Bela entrevista!
    Obrigafo Sandra pelas tuas simpáticas palavras.
    Ass: Ricardo Silva (Pai da Leonor e marido da Joaninha)
    Beijinho

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Pode comentar... o Bluestrass não morde!

Mensagens populares deste blogue

É Preciso - Miguel Gameiro

Bom dia!! Hoje trago-vos a mais recente música de Miguel Gameiro. Acho piada olhar para ele e ao mesmo tempo olhar para mim e para muitos desta mesma geração, como mudamos com o passar dos tempos. Não que isso seja mau, bem pelo contrário... As músicas do Miguel sempre me tocaram muito, não só porque acompanho o trabalho dele quase desde o primeiro momento, mas também vejo muita das minha verdades nas letras e músicas dele. Somos da mesma freguesia, eu cresci na terra ao lado da dele, temos amigos em comum, no entanto só nos cruzamos uma única vez, num momento bem triste. Voltando a esta canção, mais uma vez acertaste na muche, esta é mais uma daquelas canções que daqui a muitos anos, os nossos filhos e netos vão querer saber a história dela! Parabéns!!                                               Foto by Facebook Miguel Gameiro  É preciso Parar ne...

Restolho - Mafalda Veiga

Bom dia! Adoro quando sou surpreendida por musicas recentes que me tocam, mas também quando ouço algo que em tempos acompanhou a minha vida. É o que acontece com esta música. Sempre gostei muito de ouvir Mafalda Veiga, principalmente na adolescência, as suas músicas sempre me concederam momentos de pausa e de reflexão.  Esta música faz-me lembrar momentos de verões eternos, quando a seguir ao almoço o calor era tanto que se ouviam as cigarras.  Do doce das uvas, das amoras e dos figos pelos caminhos duros.  Do rio calmo e fresco, dos peixes que teimavam em fazer as suas danças e quase que nos vinham beijar a pele.  Dos fins de dia quase noite quando caminhavamos cheios de uma felicidade que enchia o coração. É bom recordar... "Geme o restolho, triste e solitário A embalar a noite escura e fria E a perder-se no olhar da ventania Que canta ao tom do velho campanário Geme o restolho, preso de saudade Esquecido, enlouquecido, dominado Escondido entre as sombras do ...

Eduardo Viana - O supersticioso e obstinado

Eduardo Viana , pintor nascido em Lisboa no dia 28 de Novembro de 1881 na Rua do Loreto, nº 13 no quarto - andar, filho de José Afonso Viana e de D. Maria das Dores Fonseca Viana foi um dos nomes sonantes da pintura do século XX em conjunto com outros pintores como Amadeu de Sousa-Cardoso, Almada Negreiros, Robert Delaunay e Sónia Delaunay, Mily Possoz (de quem veio a estar noivo entre os anos 1919-1925) entre outros. Uma personalidade impar,”(...) Supersticioso, austero, exigente e obstinado (...)” era capaz de “(...) raspar qualquer trecho ou pormenor, aparentemente insignificante, de uma tela já coberta; repintá-lo uma, duas, número sem conto de vezes, até acertar na forma, mas, sobretudo, no tom, era, para Eduardo Viana, o pão nosso de cada dia. Que saibamos, um ano (...) levou o insatisfeito pintor a encontrar, após sucessivos ensaios, a cor de um simples lenço sobre que, numa natureza morta, repousavam uns frutos (...)” Matriculou-se no Curso Geral de Desenho da Sociedade de Bela...