


De quando sai de Lisboa e como as pernas tremiam que nem varas verdes antes de entrar no avião...lolol (só de me lembrar, hoje parto o coco a rir...) de como fiquei com o estômago colado ás costas quando o avião levantou voo... (Nervosa? Quem Eu? De modo nenhum...) da emoção quando ele chegou a Heathrow e senti que o pior já tinha passado, agora era altura de absorver tudo e tudo e tudo o que pudesse... a minha primeira visão foi a dos corvos, fiquei apaixonada pelos corvos... (devem estar a pensar, esta fulana é completamente passada, mas sim fiquei apaixonada pelos corvos)
Todas as dores nas pernas, cada bolha nos pés significa uma história, um momento, um quilómetro percorrido e muita, muita cultura vivida ao extremo.
Atravessar a Tower Bridge á noite foi um momento único, numa palavra LINDO....
No dia a seguir começamos a nossa aventura verdadeiramente. Para começo de conversa choveu durante quase todo o dia e eu que detesto chuva, aquela não me incomodou, não me pôs doente, antes parecia abençoada.
Pequeno almoço (ração de combate, 2 minúsculos pãezinhos, doce (uhgg), talvez queijo, acho que cereais e leite e sumo de laranja!! (Tu bebeste sumo de laranja, dizia a minha mãe? Eu que não bebo nada dessas coisas nem como doces, portanto imaginem lá a fomeca que eu não tinha de manhã)
Os belos dos almoços eram latinhas de atum ou sardinhas, queijo com pão, bolachas, leite, sumos (...pá a malta não era abonada de muito dinheiro e então...mas atenção, ninguém passou fome, pelo contrário sobrou-nos comida)
Atravessamos de novo a Tower Bridge, vimos o Big Ben, o Tamisa e UOHHH, eu tive um baque quando cheguei a Avenida dos Ministérios... comentei com alguém o seguinte : “Sabes James tenho a sensação de que já aqui estive antes.” resposta “É natural minha querida, quem sabe se numa das tuas vidas passadas não viveste aqui?” Não articulei uma palavra, simplesmente deixei o meu coração observar e guardar a beleza e imponência de um local que tanta gente acha horrível.
Piada do dia: Fomos ver a Guarda da Rainha. É normal que as pessoas gostem de ver os cavalos e que queiram tirar as fotos ao pé deles, pois foi precisamente isso que aconteceu. Coloquei-me em posição e tive o azar de “tocar” no cavalo (Pronto, já sei que sou como os Espanhóis!) e sua majestade do alto da sua carapaça (o guarda) solta-me um berro abafado “Do not touch in the worse” e eu perguntei-me (como é que ele conseguiu ver com aquele chapéu a tapar-lhe os olhos??)
Nesses dias que lá estive vimos um pouco de tudo o Museu Madame Tussaud, Museu de História Natural (aquilo é que foi andar...), o Museu de William Shakespeare, a Igreja de Saint Paul e talvez mais alguns monumentos que não me lembre agora.
Estivemos no Hard Rock Café e no mercado de Camden Town, em St. James’s Park (onde fiz uma tatuagem com tinta da china no pescoço e comi o pior cachorro quente da minha vida) no Regent’s Park, Picadilly Circus e em todos aqueles sítios onde se vai quando estamos pela 1ª vez em Londres.
Fomos ver os musicais, (a nossa verdadeira razão da viagem era essa!!) o Fantasma da Ópera e o Cats e um outro que eu detestei tanto que nem do nome me lembro (fazia lembrar os Power Rangers em patins,que mal empregue dinheiro!!)
Desde que vi o Fantasma as musicas “All I Ask Of You”, “The Music of the Night”, “Think Of Me” e “The Phantom of the Opera” fazem parte de muitos momentos da minha vida.
Desta viagem a Londres guardo muita coisa, os cheiros ( DKNY for women), a imagem de um pedinte português a destratar-nos porque não lhe demos esmola para a droga, a imagem de um outro pedinte a quem entregamos o que restou da nossa comida e a forma como ele a “atacou”. Na pousada onde ficamos, uma chinesa que tomava banho DUAS vezes enquanto eu ficava meia - hora á seca pela minha vez de tomar banho, a fuga de um dos rapazes para a camarata das meninas e a conversa sobre espíritos que nos tirou o sono naquela noite. Os esquilos vermelhos a quem demos de comida, a claustrofobia do “underground” e “Mind the gap” gritado aos ouvidos. A sensação óptima de comer Pita Shoarma de carne de cordeiro, a sensação de calma e de paz após assistir a uma celebração Budista.
A sensação de aperto no peito quando chegou a hora de deixar Londres para trás e voltar á realidade.
Guardo religiosamente o meu bilhete de volta (11-09-00) e 1 pence na minha carteira assim como os olhos dos Jellicle Cats guardam as chaves da minha casa e os Leões da Rainha protegem as chaves do meu carro.
Trouxe ainda um blusão de “cabedal” que fez um sucesso e uns brincos super -lindos e claro o chá Earl Grey.
O engraçado desta viagem é que eu que tirei dois rolos de fotos e fiquei apenas com duas, da noite em que chegámos...
No entanto bem guardado está no meu coração as imagens que nenhuma máquina fotográfica consegue captar. Sem dúvida que Londres tornou-se a minha cidade inspiração. Um dia vou ter que lá voltar, nem que seja para gastar as libras que eu trouxe de volta para Portugal...
Cabaços...fizeste-me viajar !
ResponderEliminarImpressionante, nao vejo mais nunhuma palavra que se encaixe tão bem!
Como te consegues lembrar disto tudo?
Não me lembrava de nada, mas quando comecei a ler, tudo se clarificou na minha cabeça.
O musical que detestaste chama-se Starlight Express, também não gostei !
Ainda há pouco tempo vi as fotos, mas não me consegui recordar desses pormenores que tu guardas na memoria!
O que mais recordo somos nós a irmos a pé do Teatro onde vimos o Fantasma até ao hard-rock a cantar as musicas alto e em bom som !
Bons tempos!
Também concordo contigo que Londres é uma inpiração!
Curiosamente e não sei porquê esta manhã quando acordei às 06.30 lembrei-me que adoraria voltar a Londres, impressionamente não é? Lembrar-me do nada em querer regraessar aquele sitio onde também sinto que já vivi qq reencarnação.
Secalhar é a alma a querer regressar a um sitio de onde trouxe grandes recordações.
Hello, obrigado pelo comentário.
ResponderEliminarTal como te disse no mail, lembro-me disto e de mais, mas o texto já estava grande.
Se o pessoal não se importar e tu também não, envia-me duas ou três fotos para eu postar no lugar destas (não necessita de ser com as pessoas podem ser apenas imagens de Londres, devidamente identificadas com o autor das mesmas)