Perguntava-se ontem no jornal Metro. Hoje se formos para a rua, haverá muita gente a saber o porquê de se comemorar este dia?
Para mim como trabalhadora há 14 anos, têm todo o sentido e hoje levanto as mãos para o céu e agradeço o trabalho que tenho, tendo em conta que o meu 1º trabalho foi numa fábrica.
Durante quase 6 anos da minha vida passei aquilo a que se chama as “passas do Algarve”, aquilo a que muitas pessoas não podem dar o valor, porque só passando pelas situações é que se entende do que falo.
Desde trabalhar meses a fio isolada e a fazer um trabalho que correspondia à mão de obra de 2 homens na Alemanha, a ter de lidar com pessoas sem escrúpulos, com falta de carácter, chefes machistas (os portugueses eram piores que os alemães), que humilhavam as mulheres na linha de produção com comentários impróprios e outras coisas de que nem me atrevo a falar, de tudo um pouco eu assisti.
Enquanto estive a contrato engoli muitos sapos, no dia em que me passaram a efectiva, prometi a mim mesma que não iria engolir mais pirolito nenhum, uma semana depois era delegada sindical, entrei em choque com muitas pessoas, fui “acusada” de comunista, mas uma coisa foi certa, nunca mais me fizeram o ninho atrás da orelha, com muito orgulho fui umas das mais interventivas e cheguei a agarrar os colarinhos a quem achava que podia brincar com a sua posição de dirigente sindical, e na única marcha do 1º de Maio em que participei, como manifestação fui vestida com a farda de trabalho, hoje olho para trás e acho que não o conseguiria voltar a fazer, porque aos 20 anos ainda pensamos que podemos mudar o mundo, e é bom pensar assim! Hoje com 32, admito o quanto inocente fui na altura, mas estes “desvarios” fazem parte do crescimento de todos nós.
Posso dizer-vos que esses 5 anos serviram para me tornar mais mulher, pois entrei para lá de “olhos tapados” e sai de lá de cabeça erguida e mais madura para enfrentar o mundo cão que é o do trabalho e o da vida em sociedade.
Para mim como trabalhadora há 14 anos, têm todo o sentido e hoje levanto as mãos para o céu e agradeço o trabalho que tenho, tendo em conta que o meu 1º trabalho foi numa fábrica.
Durante quase 6 anos da minha vida passei aquilo a que se chama as “passas do Algarve”, aquilo a que muitas pessoas não podem dar o valor, porque só passando pelas situações é que se entende do que falo.
Desde trabalhar meses a fio isolada e a fazer um trabalho que correspondia à mão de obra de 2 homens na Alemanha, a ter de lidar com pessoas sem escrúpulos, com falta de carácter, chefes machistas (os portugueses eram piores que os alemães), que humilhavam as mulheres na linha de produção com comentários impróprios e outras coisas de que nem me atrevo a falar, de tudo um pouco eu assisti.
Enquanto estive a contrato engoli muitos sapos, no dia em que me passaram a efectiva, prometi a mim mesma que não iria engolir mais pirolito nenhum, uma semana depois era delegada sindical, entrei em choque com muitas pessoas, fui “acusada” de comunista, mas uma coisa foi certa, nunca mais me fizeram o ninho atrás da orelha, com muito orgulho fui umas das mais interventivas e cheguei a agarrar os colarinhos a quem achava que podia brincar com a sua posição de dirigente sindical, e na única marcha do 1º de Maio em que participei, como manifestação fui vestida com a farda de trabalho, hoje olho para trás e acho que não o conseguiria voltar a fazer, porque aos 20 anos ainda pensamos que podemos mudar o mundo, e é bom pensar assim! Hoje com 32, admito o quanto inocente fui na altura, mas estes “desvarios” fazem parte do crescimento de todos nós.
Posso dizer-vos que esses 5 anos serviram para me tornar mais mulher, pois entrei para lá de “olhos tapados” e sai de lá de cabeça erguida e mais madura para enfrentar o mundo cão que é o do trabalho e o da vida em sociedade.
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