O novo programa (concurso) da RTP com apresentação de Maria Elisa (já tinha saudades suas), promete polémica.
Quando ontem cheguei a casa do ensaio, já passava da meia-noite, ainda dava na RTP 1 este programa, tive realmente pena de não o ter acompanhado, mas de qualquer maneira acho que deu para apanhar o essencial da “coisa”.
Então o objectivo é escolher o melhor Português de sempre.
Bem, acho que vai ser difícil, ou melhor, acho que vai ser do género, encontrar uma agulha num palheiro do tamanho da história de Portugal. E de certeza que vai existir injustiças, porque se bem conhecemos Portugal e os Portugueses, o mais provável é os 5 primeiros escolhidos ser algo do género Amália, Eusébio, Figo, Carlos Lopes e Rosa Mota.
Não me levem a mal, mas tenho esta sensação e eu pergunto onde fica D. Afonso Henriques, onde fica todas as personagens da nossa história que tanto peso tiveram para nós sermos o que somos hoje.
Ontem discutia-se acaloradamente a situação de Salazar. Enquanto uns se indignavam, outros diziam que não se poderia roubar o lugar do Dr. Oliveira Salazar na história de Portugal, certo, estou de acordo com tudo isso, mas então vamos voltar avivar a memória de todas as atrocidades que se cometeram durante o Estado Novo.
Mas, opss isso é tocar numa ferida que não queremos voltar a abrir, porque não dá jeito nenhum lembrar as centenas de homens que ficaram nas matas do Ultramar, já não falando nos inválidos físicos e psicológicos que andam hoje ai aos caídos, não dá jeito nenhum falar nas senhas de racionamento de leite ás mulheres dos soldados (a minha mãe foi uma delas), não dá jeito nenhum falar na quantidade de pessoas que foram presas e torturadas pela Pide e também presumo que não deve dar jeito nenhum falar de que os pobres eram muito pobres e que os ricos eram muito ricos, mas não adianta falar disso, porque neste nosso presente acontece precisamente o mesmo e não temos nenhum Salazar no Governo. Ou será que temos mas numa versão mais democrata, mais ligth e mais fashion?
Avancemos, era bom que ninguém se esquecesse de pessoas como Marquês de Pombal, Luiz de Camões, Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Bocage, Ramalho Ortigão, Eça de Queiroz, Aquilino Ribeiro, Florbela Espanca, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner, Marianna Rey Colaço, Maria Matos, António Silva, Beatriz Costa, Vasco Santana, Eunice Munoz, Simone de Oliveira, Ruy de Carvalho, a lista é interminável, é difícil a escolha.
Só espero não ter a desagradável surpresa de ter nos 100 primeiros eleitos, personagens tipo: José Castelo Branco, Cinha Jardim, Lili Caneças, Zézé Camarinha, e outras personagens que tais, pois com o devido respeito que a todos tenho, isso seria uma crise intelectual tremenda, mas nos tempos que correm já nada me surpreende.
Agora eu deixo uma pergunta no ar, em que aspectos esta votação vai influenciar a vida dos Portugueses? Na minha opinião em nada, daqui a dois meses já ninguém se lembra de nada.
Quando ontem cheguei a casa do ensaio, já passava da meia-noite, ainda dava na RTP 1 este programa, tive realmente pena de não o ter acompanhado, mas de qualquer maneira acho que deu para apanhar o essencial da “coisa”.
Então o objectivo é escolher o melhor Português de sempre.
Bem, acho que vai ser difícil, ou melhor, acho que vai ser do género, encontrar uma agulha num palheiro do tamanho da história de Portugal. E de certeza que vai existir injustiças, porque se bem conhecemos Portugal e os Portugueses, o mais provável é os 5 primeiros escolhidos ser algo do género Amália, Eusébio, Figo, Carlos Lopes e Rosa Mota.
Não me levem a mal, mas tenho esta sensação e eu pergunto onde fica D. Afonso Henriques, onde fica todas as personagens da nossa história que tanto peso tiveram para nós sermos o que somos hoje.
Ontem discutia-se acaloradamente a situação de Salazar. Enquanto uns se indignavam, outros diziam que não se poderia roubar o lugar do Dr. Oliveira Salazar na história de Portugal, certo, estou de acordo com tudo isso, mas então vamos voltar avivar a memória de todas as atrocidades que se cometeram durante o Estado Novo.
Mas, opss isso é tocar numa ferida que não queremos voltar a abrir, porque não dá jeito nenhum lembrar as centenas de homens que ficaram nas matas do Ultramar, já não falando nos inválidos físicos e psicológicos que andam hoje ai aos caídos, não dá jeito nenhum falar nas senhas de racionamento de leite ás mulheres dos soldados (a minha mãe foi uma delas), não dá jeito nenhum falar na quantidade de pessoas que foram presas e torturadas pela Pide e também presumo que não deve dar jeito nenhum falar de que os pobres eram muito pobres e que os ricos eram muito ricos, mas não adianta falar disso, porque neste nosso presente acontece precisamente o mesmo e não temos nenhum Salazar no Governo. Ou será que temos mas numa versão mais democrata, mais ligth e mais fashion?
Avancemos, era bom que ninguém se esquecesse de pessoas como Marquês de Pombal, Luiz de Camões, Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Bocage, Ramalho Ortigão, Eça de Queiroz, Aquilino Ribeiro, Florbela Espanca, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner, Marianna Rey Colaço, Maria Matos, António Silva, Beatriz Costa, Vasco Santana, Eunice Munoz, Simone de Oliveira, Ruy de Carvalho, a lista é interminável, é difícil a escolha.
Só espero não ter a desagradável surpresa de ter nos 100 primeiros eleitos, personagens tipo: José Castelo Branco, Cinha Jardim, Lili Caneças, Zézé Camarinha, e outras personagens que tais, pois com o devido respeito que a todos tenho, isso seria uma crise intelectual tremenda, mas nos tempos que correm já nada me surpreende.
Agora eu deixo uma pergunta no ar, em que aspectos esta votação vai influenciar a vida dos Portugueses? Na minha opinião em nada, daqui a dois meses já ninguém se lembra de nada.
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